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sábado, 27 abril, 2024

O inovador ‘Avatar’ volta às telas após 13 anos

Em termos de resposta do público, o longa foi uma avalanche. Avatar tornou-se um dos filmes mais rentáveis da história do cinema, talvez o mais rentável.

Para “esquentar” a estreia de Avatar: o Caminho das Águas, que chega aos cinemas em dezembro, Avatar, o primeiro filme da série, reestreia na quinta-feira, 22. A volta de Avatar, em versão 4K, não é apenas um aceno aos nostálgicos. Faz parte de uma estratégia de marketing. Neste caso, apoiada em bases sólidas. Quando lançado, em 2009, Avatar fez grande sucesso e não apenas de público. Boa parte da crítica considerou o blockbuster de James Cameron algo pelo menos inusitado. Um ponto fora da curva no mapa rotineiro dos arrasa-quarteirão, em geral cheios de efeitos especiais, muita ação, nenhuma reflexão, poucas nuances e muita previsibilidade.

Avatar é de outra ordem. Para começar, parte de um desejo pessoal do diretor. Ou ao menos assim reza a lenda. Cameron conta que sonhou com a história e queria transformar essa visão em filme. Era Pandora, um planeta, ou melhor, uma lua imaginária, na qual os habitantes viveriam em perfeita harmonia com a natureza.

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Já em 1995 ele escreveu um roteiro, contendo já os personagens, o ambiente, a flora, a fauna e os humanoides que lá habitavam. No entanto, precisava de recursos, tanto financeiros como tecnológicos, para colocar essa ideia em prática. E ambos chegaram em 2005 com a apurada tecnologia IMAX 3D e os milhões da 20th Century Studios. Os efeitos especiais se aprimoraram no período e permitiram a experiência imersiva num mundo de fantasia habitado por um povo humanoide, uma flora bizarra e animais fantásticos e ferozes. Essa experiência era propiciada pelo 3D estereoscópico e seu inédito grau de profundidade e ilusão do real.

Rentável

Em termos de resposta do público, foi uma avalanche. Avatar tornou-se um dos filmes mais rentáveis da história do cinema, talvez o mais rentável. De acordo com o portal IMDB, custou US$ 237 milhões e teve arrecadação mundial bruta de US$ 2,8 bilhões. Sim: bilhões de dólares. Só no Brasil, levou cerca de 9,150 milhões de pessoas aos cinemas, em números do portal Filme B.

Já o desempenho no Oscar 2010 foi bem menos espetacular. Embora indicado em nove categorias, o filme venceu em apenas três, todas técnicas: fotografia, design de produção e efeitos visuais Perdeu ou esteve ausente nas categorias chamadas “artísticas”, como melhor filme, direção, roteiro e elenco.

Olhar do tempo

Já na ocasião o filme era plugado em seu tempo. Além da questão ambiental, tinha como ideia subjacente a crítica a invasões norte-americanas a outros países. Avatar é um raro filme de alto orçamento que trata a guerra com franqueza, embora o ideal que o guia seja humanista. Pandora será invadida porque dispõe de um metal valioso como fonte de energia (o supercondutor fictício unobtainium), num tempo em que a capacidade de gerar energia na Terra estaria acabada devido ao desperdício e esgotamento do planeta.

O que se pode esperar agora de Avatar: o Caminho das Águas? A continuação dessa linha ecológico-filosófica e também política? Ou a diluição de temas num show de tecnologia mais voltado ao escapismo e ao entretenimento? Pouco se sabe, além de que será um épico com cerca de três horas de duração (o primeiro Avatar tem 2h41).

O que se sabe é que haverá, nesse segundo módulo, uma grande quantidade de cenas rodadas debaixo d’água, o que o título já indica e pode se relacionar com a questão vital do comprometimento dos oceanos. Mas esta é apenas uma hipótese. Há pouco algumas imagens foram mostradas aos jornalistas presentes na D23 Expo. Para manter o mistério, as cenas não formavam uma sequência coerente que fornecesse pistas sobre o enredo. A revelação do segredo está prevista para 16 de dezembro, quando o filme chega aos cinemas.

Com informações Agência Estado

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