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quarta-feira, 1 maio, 2024

O desenvolvimento sustentável capixaba

O Espírito Santo é um dos poucos entes da federação que possuem um banco de desenvolvimento exclusivo para chamar de seu

Por Munir Abud de Oliveira

No cenário socioeconômico recente, onde vivenciamos uma crise sanitária sem precedentes, a importância dos bancos públicos voltou a ser percebida. Seja pela sua capacidade de mobilização, oferecendo soluções para mitigar os impactos econômicos, como também por apresentar alternativas para alavancar o novo ciclo de desenvolvimento, fundamental para a sustentabilidade no pequeno, médio e longo prazos. Uma das locomotivas desse processo, buscando incrementar as políticas públicas de desenvolvimento no Espírito Santo, tem sido o banco de desenvolvimento estadual.

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O Espírito Santo é um dos poucos entes da federação que possuem um banco de desenvolvimento exclusivo para chamar de seu. Um dos principais agentes da política de desenvolvimento regional capixaba, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) é responsável por dar soluções às ações destinadas ao estímulo ao desenvolvimento regionalmente equilibrado planejadas pelo seu acionista majoritário, o Governo do Estado. A alta demanda atendida pela equipe do banco, dando acesso ao empresariado ao Fundo de Proteção ao Emprego é um marco, mas não é o único produto oferecido à sociedade.

O destaque do Fundo, com R$ 250 milhões, disponíveis para socorrer a economia do Estado tem uma importância simbólica. Comparativamente, o Estado de São Paulo, com o maior PIB do Brasil, destinou a um fundo similar de reestruturação econômica R$ 200 milhões. Mas a atuação de um banco de desenvolvimento vai além do crédito emergencial.

A discussão sobre o incentivo às atividades econômicas, com o incremento de políticas de desenvolvimento regional, voltou à cena na década passada depois de ter ficado “adormecida”. O debate foi facilmente superado: cabe ao banco de desenvolvimento a lapidação de soluções criativas e a descoberta de novos caminhos para o crescimento da economia do nosso Estado.

Em toda a sua história, o Bandes tem exercido papel relevante no processo de desenvolvimento do Estado, contribuindo para a formulação e execução de políticas de fomento dos setores produtivos capixabas.  Nos anos 60 e 70, a instituição foi ativa no processo de industrialização, no incentivo ao comércio exterior, hoje, uma das atividades mais consolidadas no Estado. Na década seguinte, os anos 80, foi a vez da instalação das grandes plantas industriais no Estado.

Ao longo do tempo, o banco vem se adaptando às exigências de cada fase da evolução da economia estadual, procurando se ajustar às necessidades de transformação, dinamização e diversificação de setores e regiões. A criação de um ambiente de investimento no interior é uma prioridade do banco, respeitando as potencialidades locais e dando condições para que empresas de fora da Grande Vitória tenham crescimento econômico. Assim, o Bandes contribui para a geração de emprego e de renda nos municípios do interior do Estado.

Com toda essa expertise, o banco busca agora um reposicionamento, um novo patamar de atuação. As ações planejadas para o novo ciclo vão além da disponibilidade do crédito às empresas, com geração de emprego e renda. O banco se aprofundará nas iniciativas estratégicas para a política de desenvolvimento do Governo do Espírito Santo, como o programa de concessões e parcerias, incluindo a prestação de serviços aos municípios, e a ampliação de recursos para a inovação e a disponibilidade de Fundos de Investimentos, por exemplo.

A necessidade de interiorização do trabalho e democratização do crédito são premissas para levar os produtos e serviços da instituição em todos os lugares. Outra questão é a ampliação do diálogo com os setores econômicos, interiorizando novas ações para o incremento do nosso desenvolvimento capixaba.

Munir Abud de Oliveira é advogado, diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)

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