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quinta-feira, 25 abril, 2024

Motor 1.0 turbo é destaque do novo Creta

Além do motor, o SUV compacto traz novidades no visual, acabamento e lista de equipamentos. O desenho é arrojado e tem forte personalidade

Por Vagner Aquino (Agência Estado)

Em 2017, a Hyundai ingressou no segmento de veículos que mais cresce no Brasil: o de SUVs compactos. Para isso, readequou a fábrica de Piracicaba (SP) e passou a produzir o Creta. Agora, o modelo subiu de nível e, embora mantenha a mesma base, chega à segunda geração, de acordo com a marca sul-coreana, como parte da linha 2022. Com preços sugeridos de R$ 107 mil a R$ 147 mil e aposta na sofisticação, o carro traz equipamentos eletrônicos pouco comuns na categoria, como sistema multimídia com tela de 10 polegadas conectado à internet móvel e o serviço de concierge e monitoramento remoto batizado pela marca de BlueLink.

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A arquitetura é a mesma do sedã médio Elantra, que era importado da Coreia do Sul, porém, com aprimoramentos. Assim, o motor 2.0 flexível continua sendo oferecido e gera até 167 cv de potência. A novidade é o 1.0 turbo de três cilindros, que, enfim, chega ao Creta e, assim como no HB20, gera 120 cv.

Além do motor, o SUV compacto traz novidades no visual, acabamento e lista de equipamentos. O desenho é arrojado e tem forte personalidade.

Na dianteira, que divide opiniões, os faróis agora são separados em duas partes. Atrás, as lanternas passaram a ter quatro pontos de iluminação.

Embora os contornos das janelas não tenham mudado, o visual da lateral ficou mais “musculoso”. Essa sensação é resultado do desenho das caixas de rodas, que ganhou novos vincos. As rodas são de liga leve de 16 polegadas na versão de entrada, têm 17″ e acabamento diamantado na intermediária, e de 18″ na configuração de topo.

Dos equipamentos, destaque para o painel de instrumentos com tela digital de 7″. Nela, são exibidas imagens da parte externa do carro quando a seta é acionada. Há ainda sistema multimídia com tela de 10,25″ levemente voltada para o motorista, freio de estacionamento elétrico acionado por botão, teto solar panorâmico elétrico, até então inédito no SUV, e banco do motorista com ventilação.

Para mostrar do que o novo Creta é capaz, a Hyundai organizou um test-drive em pista fechada, no interior de São Paulo. No asfalto bem conservado e com várias curvas e subidas, o utilitário se saiu bem.

novo Creta
Foto: Divulgação

Nesse ambiente controlado, o utilitário se mostrou bastante confortável. Com bom acerto, as suspensões não estão nem muito macias, nem muito duras. Como é comum em SUVs, por causa do centro de gravidade alto, a carroceria tende a balançar um pouco mais em curvas. Mas isso está longe de causar sensação de insegurança. Aliás contribui com isso os vários controles eletrônicos, como os de estabilidade e tração, que ajudam o motorista a manter o carro sob controle.

A direção com assistência elétrica garante leveza na medida certa, sobretudo em manobras de estacionamento. Se o motorista quiser, pode alterar as respostas do sistema.

Basta pressionar um botão no console e escolher entre os quatro modos de condução: Sport, Normal, Smart e Eco. Isso altera, entre outros parâmetros, o comportamento da direção, acelerador e câmbio. Aliás, a transmissão automática de seis velocidades, única disponível no Creta, fez um bom casamento com o motor 1.0 turbo e garante trocas suaves.

Entretanto, quando se pisa muito forte no acelerador, o três-cilindros “berra alto”. Afinal, embora o SUV tenha volante com base reta, esportividade não é sua proposta. Porém, isso poderia ser evitado se houvesse manta acústica no capô.

Seja como for, o torque de 17,5 mkgf é entregue a partir das 1 500 rpm. Graças ao turbo e a recursos como a injeção direta de combustível, o novo motor “enche” rapidamente.

No torque, o 1.0 turbo supera os 16,5 mkgf do 1.6 de quatro cilindros. Essa opção continua disponível na versão com visual antigo, que passa a ser a opção de entrada, por R$ 96.490.

Para os consumidores que torcem o nariz para motores pequenos, a Hyundai manteve o 2.0, que foi recalibrado, ganhou 1 cv e deverá representar apenas 10% das vendas. Essa opção está na versão Ultimate, de topo, cuja tabela é de R$ 146.990.

De acordo com dados da área de engenharia da Hyundai, o maior ganho, de 8%, foi na redução do consumo. O bom torque, de 20,6 mkgf, é entregue tarde – a partir das 4.700 rpm.

Na prática, isso complica um pouco as retomadas de velocidade. Ou seja, o câmbio “precisa correr” contra o tempo para conseguir encaixar a marcha mais adequada. Durante a avaliação, o carro estava vazio.

A potência de até 167 cv é maior que a de vários rivais. Para comparação, o 1.4 turbo do Volkswagen T-Cross gera até 150 cv e o 1.2 turbo do Chevrolet Tracker, até 132 cv. Os dados são com 100% de etanol.

Por outro lado, o 2.0 do Creta é mais pesado, tem tecnologia antiga e bebe mais. Na comparação com as versões 1.0 e 1.2 turbo, o quatro cilindros feito pela Hyundai é 30 kg mais pesado

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Foto: Divulgação

Com o motor maior, o Creta pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos e a velocidade máxima é de 190 km/h, de acordo com dados da marca. Ou seja, a vantagem ante os números do 1.0, que pode levar o SUV de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos e a 180 km/h, são mínimas.

Prós e contras

Prós: conjunto

Além do novo motor, SUV tem ampla lista de equipamentos e é maior que o modelo anterior.

Contras: Portas-malas

Bagageiro é 9 litros menor e acabamento da cabine tem excesso de plásticos duros.

Ficha técnica

  • Hyundai Creta Platinum 1.0
  • Preço sugerido: R$ 135.490
  • Motor: 1.3, 3 cil., 12V, turbo, flex.
  • Potência (cv): 120 a 6.000 rpm
  • Torque (mkgf): 17,5 a 1.500 rpm
  • Câmbio: Automático, 6 m.
  • Peso: 1.270 quilos
  • Porta-malas: 422 litros
  • Comprimento: 4,3 metros
  • Entre-eixos: 2,61 metros

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