Entregadores de empresas por aplicativo estarão de greve nacionalmente; ES define movimento ainda nesta sexta-feira (29)
Por Anderson Neto
Entregadores e motoboys de serviços de delivery, principalmente o alimentício, deflagraram greve nesta sexta-feira (29) e vão permanecer paralisados até domingo (1º). Eles prometem estender a paralisação nacional e planejam fazer manifestação em Brasília. No Estado, Sindimotaxi decide ainda hoje se adere ao movimento.
Por enquanto, as manifestações estão concentradas no centro do Rio de Janeiro e em São Paulo. No final do dia, está prevista a realização de um holograma, às 18h, para denunciar condições precárias de trabalho submetidas aos entregadores. De acordo com o presidente do Sindimotaxi-ES, Luciano Ferreira, os trabalhadores capixabas ainda vão decidir sua adesão ao movimento.
Segundo a Associação dos Motofretistas Autônomos (Amae), do Distrito Federal, a categoria acredita ser injusto receber apenas pelas entregas, ficando reféns do aplicativo do serviço. Os motoboys querem o pagamento de remuneração de R$35,00 por hora trabalhada.
“Se você ficar o dia inteiro pela rua e não entregar nada, não recebe nada. Queremos receber da mesma forma como os garçons”, comentou o diretor da Amae Eduardo Couto. As empresas ofereceram o pagamento de R$17,00 por hora, o que foi considerado inaceitável pelos entregadores.
A categoria alega que está há mais de quatro meses tentando negociar com empresas como IFOOD, Rappi, Amazon, Uber, Zé Delivery, Mercado Livre e outras. Os motoboys reclamam que as empresas “menosprezam os sindicatos de motofrete, legítimos representantes dos trabalhadores no Grupo Tripartite do Governo Federal”.
A intenção de manifestação da categoria é pacífica. “Nós pregamos a paz. Quem não puder participar, fica em casa. Vá passear com a família. Tire os três dias de lazer”, destacou Du Colt.