Em entrevista, Costa Filho afirmou que em 15 dias resolverá este impasse que vem mobilizando políticos de ambas as frentes partidárias
Por Kebim Tamanini
Na semana passada, parlamentares da bancada federal e membros do alto escalão do governo estadual afirmaram que a questão da linha aérea cancelada entre Vitória e Santos Dumont (RJ) teria um desfecho positivo em breve. E isso foi confirmado nesta segunda-feira (23/10), pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, que anunciou que a pasta irá rever a portaria que proíbe voos situados num raio de 400 quilômetros do terminal carioca.
Na ocasião, o ministro, que recentemente assumiu o Ministério, esclareceu que pretende se reunir com todas as partes envolvidas em 15 dias para solucionar o problema que levou ao cancelamento dos voos. Costa Filho sugeriu a possibilidade de limitar o número de passageiros no terminal de Santos Dumont, em vez de penalizar as origens e destinos das linhas aéreas.
“A gente está rediscutindo essa proposta que foi feita lá atrás. A gente quer em 15 dias estar remodelando essa portaria, conversando com todos os atores envolvidos, para apresentar uma solução definitiva. Não queremos tratar iguais de forma desigual. A gente quer resolver a situação de Brasília, do Espírito Santo, de Guarulhos”, revelou o ministro ao ser questionado sobre a solução para o problema de fluxo em Santos Dumont, que se tornou uma questão complicada para todas as partes envolvidas.
Costa Filho deixou claro que não abre mão de aumentar o número de voos no Galeão, que tem enfrentado baixa demanda em todos os segmentos aeroportuários.
A questão vem reunindo políticos de ambas as frentes políticas para reverter a situação, e a justificativa de todos é que o Aeroporto de Vitória fica a 418 km do Santos Dumont, e os voos vêm sendo transferidos para o Aeroporto do Galeão por causa de apenas 18 quilômetros. A bancada federal afirma que outras companhias podem seguir o mesmo caminho, o que resultaria na diminuição da já escassa rede de voos no Espírito Santo.
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A companhia aérea Azul já suspendeu os serviços da rota desde o dia 1º de outubro. A medida aconteceu devido às restrições impostas ao aeroporto carioca, as quais visam atender às necessidades de garantir a qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros e movimentar o Aeroporto do Galeão, que vinha sendo pouco utilizado pelo segmento aéreo.
As companhias Gol e Latam vêm estudando como fariam essa mudança, mas pelo que parece e pelo que os bastidores da política capixaba vêm dizendo, esse caos aéreo vivido pelos capixabas será uma página virada.