Segundo o Inca, no ES, estima-se uma incidência de 260 casos de câncer do colo do útero por 100 mil mulheres
Por Kebim Tamanini
Março chega exaltando mais uma cor entrelaçada a uma campanha de conscientização. Trata-se do Março Lilás, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a prevenção do câncer de colo do útero, um tumor maligno causado pelas infecções persistentes por alguns tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se uma incidência de 260 casos da doença por 100 mil mulheres com novos casos de câncer do colo do útero a cada ano do triênio 2023-2025 somente no Espírito Santo.
No Brasil, o câncer no colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres, ficando atrás do câncer de mama e do colorretal, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). O Inca estimou em 17.010 os novos casos durante o ano de 2023.
O HPV pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Quando a infecção é persistente, as alterações celulares tendem a se intensificar, evoluindo para o quadro de câncer de colo de útero, vulva ou vagina nas pessoas que têm útero. Os principais sintomas relacionados ao câncer de colo uterino são: sangramento vaginal irregular, corrimento com odor fétido e dor genital e/ou abdominal.
Inicialmente, as infecções podem passar despercebidas, mas à medida que progridem, podem surgir sintomas como corrimento, sangramento e dificuldades urinárias e intestinais. Portanto, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais de alerta.
Vacina contra o HPV
A melhor forma de prevenir contra as infecções provocadas pelo HPV é a vacinação precoce contra o vírus, antes do início da vida sexual. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos. Homens e mulheres imunossuprimidos com até 45 anos também podem receber o imunizante.
“A vacinação contra o HPV é uma medida preventiva essencial. Além disso, o exame de Papanicolau possibilita o diagnóstico precoce, permitindo tratamentos menos invasivos e mais eficazes”, ressalta a oncologista do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Juliana Alvarenga.
Exames
Quanto à frequência dos exames, a oncologista recomenda anualmente no início e, posteriormente, a cada três anos, para mulheres com resultados normais.
É essencial conscientizar a população sobre a importância da prevenção, destacando a vacinação gratuita e a realização regular dos exames de rastreamento. “O câncer de colo de útero é um dos tipos mais evitáveis de câncer, desde que a prevenção e o diagnóstico precoce sejam priorizados”, esclarece a médica Alvarenga.
