Marcel Malczewski, da TM3 Capital, conta como sua empresa se tornou gestora do Funses 1 e adianta investimentos para 2023

Por Amanda Amaral

Como é fazer a gestão de R$ 250 milhões? Esse é o aporte pelo qual a TM3 Capital é responsável, já que a empresa é a gestora de um dos maiores fundos do Brasil, o Funses 1, vinculado ao Fundo Soberano do Espírito Santo – que utiliza recursos provenientes da indústria do petróleo e do gás natural.

Quem responde a pergunta é Marcel Malczewski, fundador e presidente da TM3 Capital, uma das maiores gestoras de recursos no país. Em entrevista exclusiva ao Portal ES Brasil, o empresário comenta sobre a seleção das startups e dos futuros cheques a serem distribuídos por meio do Funses 1.

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Nela, o empresário comenta o que é levado em consideração na hora de escolher uma startup para receber o aporte. “A gente olha o mercado no qual essa empresa atua e tenta entender esse mercado, se ele é suficientemente grande para permitir que ela cresça de forma acelerada atendendo esse mercado. Depois, em uma segunda etapa a gente olha a oferta que ela tem, ou seja, o produto que ela oferece, o serviço ou software que ela oferece, para ver se tem diferenciais que permitam que a empresa seja líder naquele mercado. É um processo longo e demorado, mas estou simplificando aqui. Por último, a gente olha os empreendedores”, explicou.

Polo de tecnologia

Para Marcel Malczewski, o Espírito Santo tem todas as condições de se tornar um dos principais polos de tecnologia da indústria 4.0 e sobre as perspectivas dos capixabas de que o Estado se torne o Vale do Silício brasileiro. O empresário afirma que o ecossistema de inovação no Estado é muito bem desenvolvido e cita startups capixabas de sucesso como a Zait, Wine e a PicPay.

“O que estamos fazendo hoje, em conjunto com os atores locais que estão investindo e promovendo a inovação no Espírito Santo, é acelerar para fazer com que esse ecossistema amadureça mais rápido ainda”, afirmou Marcel Malczewski.

O empresário também adiantou quais os planos da TM3 para o próximo ano como a ações de interiorização da empresa no Espírito Santo e os investimentos previstos. “Nos primeiros cinco anos, devemos acelerar em torno de 500 empresas. Dessas 50 vão receber cheques menores e vamos investir em 30 empresas com cheques de alguns milhões”, disse.