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sábado, 27 abril, 2024

Malta participa de ato de homenagem a morto na Papuda

Magno Malta participou de atos que lembraram a morte de Cleriston Pereira da Cunha e pediram impeachment de Alexandre de Moraes

Por Robson Maia

O domingo (26) foi marcado por protestos na Avenida Paulista, uma das principais ruas de São Paulo (SP). Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestaram contra a morte e prestaram homenagens a Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus que estavam presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Entre os presentes esteve o senador capixaba Magno Malta (PL-ES).

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Segundo a Vara de Execuções Penais, Cleriston sofreu um mal súbito durante o banho de sol na última segunda-feira (20), no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Desde então, bolsonaristas alegam que o réu foi mantido em cárcere mesmo após apresentar laudos que comprovaram a existência de doença crônica ao longo dos julgamentos.

A multidão presente na Paulista se concentrou em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Durante o ato, os presentes fizeram críticas ao governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz os casos envolvendo o ataque às sedes dos Três Poderes.

Em um carro de som, Malta esteve ao lado de lideranças do bolsonarismo, como os deputados federais Ricardo Salles (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP). Uma faixa presa ao carro de som descrevia que o ato foi “em defesa do Estado Democrático de Direito, dos Direitos Humanos e em memória de Cleriston Pereira”.

Morte de Cleriston foi tema de discurso de Malta no Senado

A morte de Clériston Pereira da Cunha foi tema central do discurso de Magno Malta na tribuna do Senado na última terça-feira (21). Na ocasião, o senador destacou que a prisão foi mantida pelo STF, que desconsiderou os pedidos da defesa sobre as condições de saúde do detento.

Segundo Malta, o episódio exemplifica e deixa à mostra consequências do “ativismo judicial”. O capixaba enfatizou que o Parlamento está se calando diante do atual cenário político.

Malta participa de ato de homenagem a morto na Papuda
Malta lamentou a morte de Clériston Pereira da Cunha – Foto por Waldemir Barreto/Agência Senado

“Eu sei que vivemos um momento em que parlamentares no Brasil medem as palavras, porque estão tão amedrontados diante dessa sanha de ativismo judicial, que eles se sentem acuados por estarem colocando em risco os seus mandatos [..]. Respeitando as emoções e a posição de cada um, eu não tenho qualquer temor a risco de mandato nem à minha vida” disse Malta.

O senador também reforçou que “existem discrepâncias na condução de casos pelo Judiciário”, citando exemplos de políticos condenados que foram beneficiados por questões de saúde, enquanto em outros casos, como no caso do 8 de janeiro, alguns réus permanecem presos.

O parlamentar questionou ainda a atuação da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que, segundo ele, mesmo diante das denúncias de ilegalidade nas prisões, não adotou nenhuma medida para analisar a situação. Malta fez um apelo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-RO), pedindo ação diante da situação.

“Sr. presidente, não deixe esse fato ficar nas suas costas. Eu lhe digo, com toda a consciência e com o respeito que tenho por sua família e por seus filhos: se esta Casa não tomar uma atitude, o Brasil não cobrará de Alexandre Moraes, vai cobrar do senhor” concluiu o senador.

STF concedeu liberdade provisória após morte na Papuda

Na sexta-feira (24), após a morte de Clériston, o STF informou que concedeu liberdade provisória a outro preso por participação nos atos antidemocráticos, mediante aplicação de medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica. Foi a oitava decisão semelhante tomada pelo ministro Alexandre de Moraes durante a semana.

Contudo, 108 acusados de participação nos atos em Brasília, de 8 de janeiro, permanecem presos.

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