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quinta-feira, 9 maio, 2024

Mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável

O 22 de março foi instituído como o Dia Mundial da Água em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte de vida e relacionada aos mais diversos valores religiosos e culturais, e ao desenvolvimento agrícola e industrial, a água é um recurso natural que, apesar de essencial como componente químico dos seres vivos, não vem sendo tratada de forma correta pelas sociedades.

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Segundo as estatísticas, 70% da superfície do planeta são constituídos de água, mas somente 2,5% são de água doce e, ainda pior, desse pequeno percentual, 98% estão “escondidos” na forma de água subterrânea. Uma dificuldade que se confirma nos números: um sexto da população mundial – mais de um bilhão de pessoas – não têm acesso a água potável; 40% dos habitantes do planeta (2.9 bilhões – a estimativa da população em 2013 foi de 7.3 bilhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico; Uma média de 6.000 crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a saneamento e higiene deficientes. 

O Brasil concentra 12% de toda a água doce do planeta. Tem o maior rio do mundo, o Amazonas, e o maior reservatório de água subterrânea, o aquífero Guarani. Mas o recurso está mal distribuído. Cerca de 70% da água doce do país está na Amazônia, onde vive 7% da população brasileira. Segundo a Organização Mundial da Saúde, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água. É preciso utilizar a água de forma prudente e racional, evitando o desperdício e combatendo a poluição. 

O rio Jucu, com 166 km de extensão, nasce a aproximadamente 1200 metros de altitude e, no município de Domingos Martins, a 90 Km do mar, juntamente com o rio Santa Maria da Vitória, abastece municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória e de seu entorno, Marechal Floriano, Domingos Martins, Viana, Cariacica, Vila Velha e Vitória, que corresponde a aproximadamente um milhão de pessoas e engloba as principais indústrias e empresas do Espírito Santo, responsáveis por 70% do PIB capixaba. Há décadas, o rio Jucu sofre diversas danos, como exclusão de mata ciliar, assoreamento, introdução de espécies exóticas, ocupação e pressão desordenada do homem, exercida por fatores sociais e comerciais, avalia o gestor do Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental (Injapa), Petrus Lopes.  E a situação nos mares não é diferente. As praias de Vitória recebem, diariamente, 123 milhões de litros de esgoto. 

Embora os cuidados com água ainda estejam longe do ideal, o Dia Mundial da Água está reunindo diversas autoridades para debater medidas de conservação e educativas. O Senado e a Câmara dos Deputados promoveram na manhã desta terça-feira (22) a mesa de debates “Integração terra-água: da teoria à prática”. O evento, em comemoração ao Dia Mundial da Água, foi realizado por meio dos programas EcoCâmara e Senado Verde e da Frente Parlamentar Ambientalista. 

As palestras foram abertas e dirigidas aos públicos interno e externo, com os temas “Ecologizar a Gestão das Águas”, ministrada pelo secretário-geral substituto da Agência Nacional de Águas (ANA), Maurício Ribeiro; e “Projeto Conservador das Águas”, do secretário de Meio Ambiente da prefeitura de Extrema (MG), Paulo Pereira.

A mesa fez parte do Calendário Mês das Águas, que envolve outros 27 eventos promovidos por órgãos públicos e organizações da sociedade em todo o Distrito Federal. Entre eles, a Universidade de Brasília (UnB), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a organização não governamental WWF. 

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