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sexta-feira, 3 maio, 2024

Lula quer regalia com avião presidencial maior para viagens

Após mais de 10 viagens em 6 meses de mandato, Lula solicitou aeronave maior para encontros internacionais; FAB cederá o Airbus A319CJ

Por Redação

Após 10 viagens internacionais, passar 26 dias fora do Brasil e fazer uma reunião em Brasília com líderes de países sul-americanos, incluindo o ditador venezuelano Nicolas Maduro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer trocar o avião que serve ao Palácio do Planalto. O petista solicitou uma aeronave maior e pediu que a FAB (Força Aérea Brasileira) faça uma reforma para adaptá-lo.

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Até então, em compromissos oficiais, o modelo que vinha sendo utlizado era o Airbus A330-200, comprado em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) por aproximadamente US$ 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões pela taxa de câmbio atual), da companhia aérea Azul.

O modelo solicitado pelo atual presidente é um Airbus A319CJ, de propriedade das Forças Aéreas Brasileiras (FAB). O A330-200 havia sido comprado, inicialmente, para uso militar, com a previsão de ser equipado para abastecer caças em voo. O órgão estabelece restrições em relação a ceder o novo avião, mas Lula já decidiu e a troca será efetuada.

Segundo apurações, dentre as adaptações solicitadas pelo gestor, o item mais caro a ser instalado deverá ser o sistema de internet a bordo. Isso porque toda a fuselagem teria de ser desmontada para que os cabos pudessem passar pela aeronave. O item é considerado fundamental para que a aeronave seja utilizada, já que o presidente e sua equipe precisam manter contato direto com Brasília.

A atual aeronave presidencial tem capacidade de voo de cerca de 7.000 km. Já a substituta poderá percorrer o dobro de distância non-stop (sem parada). O principal ganho calculado pela equipe presidencial é que Lula perderá menos tempo em seus deslocamentos, já que o novo avião praticamente elimina a necessidade de escalas.

As paradas costumam ser mais demoradas do que em voos comerciais. Por motivos de segurança, a checagem do jato presidencial é completa,não se restringindo ao abastecimento.

Na viagem à China, em abril, Lula fez escalas em Lisboa, Portugal, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, antes de chegar a Xangai. Na volta, partindo de Pequim, o presidente parou novamente nos 2 países. Os trajetos demoraram mais de 30 horas.

Na viagem ao Japão, em maio, o chefe do Executivo parou na Cidade do México e no Alasca, Estados Unidos, antes de desembarcar em Hiroshima. Na volta, também parou nos mesmos lugares. Neste caso, o presidente e sua comitiva tiveram cerca de 26 horas de viagem.

Diante do longo tempo de deslocamento, integrantes do governo começaram a discutir uma solução. Com a idade avançada, Lula tem ficado muito cansado com as longas viagens, segundo relatos.

O futuro novo avião presidencial também poderá aumentar o número de pessoas a bordo. Os aviões comerciais desse modelo, o A330, comportam até 268 passageiros e são geralmente usados pelas companhias aéreas para voos entre continentes. A versão do A319 usado por Lula, o VC-1, tem capacidade de levar até 39 passageiros em operações comerciais.

“Aerolula”, como foi apelidado, conta com uma cabine presidencial equipada com cama e um banheiro privativo para o presidente e a primeira-dama, Janja Lula da Silva
“Aerolula”, como foi apelidado, conta com uma cabine presidencial equipada com cama e um banheiro privativo para o presidente e a primeira-dama, Janja Lula da Silva – Foto: Planalto/2005

Atualmente, o “Aerolula”, como foi apelidado, conta com uma cabine presidencial equipada com cama e um banheiro privativo para o presidente e a primeira-dama, Janja Lula da Silva. Há também uma área reservada com duas mesas e 8 lugares. Há ainda 16 poltronas para levar as principais autoridades que acompanham o presidente e a tripulação.

Lula já manifestou o desejo de aumentar o número de convidados em viagens, especialmente deputados e senadores, para se aproximar do Congresso e para prestigiar aliados. Um avião maior será útil para essa estratégia.

A atual aeronave presidencial foi comprada por Lula em 2005, no seu 1º mandato. Ela substituiu o então “Sucatão”, um Boeing 707, com a nomenclatura KC137, que havia sido comprado pelo ex-presidente José Sarney e usado pela Presidência de 1986 a 2005. O avião foi batizado de Santos Dumont, mas é conhecido por seu apelido derrogatório, “Sucatão”, pois apresentou vários problemas durante os anos em que foi usado pelo Planalto.

Além do “Aerolula”, o presidente tem à disposição uma frota de helicópteros e aviões de diferentes tamanhos. Todos são de responsabilidade da FAB (Força Aérea Brasileira) e integram o Grupo de Transporte Especial.

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