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sexta-feira, 3 maio, 2024

Lula discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU

Entre outros assuntos, o presidente usou o púlpito da ONU para defender a reforma do conselho de segurança das Nações Unidas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta terça-feira, 19, colocar o combate à desigualdade no centro dos debates do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que terá as reuniões do ano que vem presididas pelo Brasil.

“Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar no centro da agenda internacional o combate às desigualdades em todas as suas dimensões”, declarou Lula em discurso na 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Aos chefes de Estado reunidos na sede da ONU em Nova York, ele ressaltou que a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome, assim como desenvolvimento sustentável e o debate sobre a reforma das instituições de governança global

Conselho de segurança

Como esperado, o presidente usou o púlpito da ONU para defender a reforma do conselho de segurança das Nações Unidas, que, sustentou, vem perdendo “progressivamente” a credibilidade.

Ao apontar uma “grave crise do multilateralismo”, Lula afirmou que as bases de uma nova governança econômica global não foram lançadas. Nesse momento, lembrou que o Brics, grupo das economias emergentes, surgiu do imobilismo de organizações multilaterais, e defendeu sua expansão recente, com a inclusão de Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes. “A ampliação recente do grupo na Cúpula de Johannesburgo fortalece a luta por uma ordem que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século 21.”

Pregando o resgate das tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU, Lula repudiou a utilização de imigrantes como bodes expiatórios, criticando uma agenda que, pontuou, corrói o bem-estar e investe contra os direitos dos trabalhadores.

Políticas ativas de inclusão nos planos cultural, educacional e digital devem ser, segundo declarou o presidente, essenciais à promoção dos valores democráticos e da defesa do Estado de Direito.

Liberdade de imprensa

Depois de considerar que a liberdade de imprensa é “fundamental”, Lula afirmou que o jornalista australiano Julian Assange, responsável por publicar dados sigilosos sobre atividades militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, não pode ser punido por informar a sociedade de “maneira transparente e legítima”. “Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos”, disse o presidente brasileiro.

Crítica à “extrema-direita”

O presidente também afirmou que o neoliberalismo foi fator agravante da desigualdade econômica e política que atinge as democracias atualmente. O resultado do movimento, de acordo com o brasileiro, foi o surgimento de “aventureiros de extrema-direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas”.

“Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a ‘voz dos mercados’ e a ‘voz das ruas'”, disse o presidente do Brasil, em discurso da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos”, acrescentou.

Na fala, Lula fez uma crítica à ascensão da extrema-direita e destacou que “muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário”. Com informações de Agência Estado

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