25.9 C
Vitória
quarta-feira, 1 maio, 2024

Lira critica brigas no plenário e pede punição a deputados

Em entrevista, Lira afirmou que a agressão ao deputado Messias Donato (Republicanos-ES) ofuscaram a promulgação da reforma tributária

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) condenou nesta quinta, 21, o comportamento agressivo de parlamentares durante a sessão que promulgou na quarta-feira a reforma tributária. Criticou ainda o vice-presidente nacional do PT, deputado Washington Quaquá (RJ), que deu um tapa no rosto de Messias Donato (Republicanos-ES).

“Política é a arte de viver com contrários”, disse. “Não concordo com tudo que Lula defende”, disse em entrevista à Globonews. Para o presidente da Câmara, as imagens da discussão entre os dois parlamentares, assim como as vaias da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “depreciam a imagem do parlamento”.

- Continua após a publicidade -

“Ser de esquerda ou ser direita não representa aquilo ali não”, afirmou o presidente da Câmara, criticando os parlamentares que fazem “lacração nas redes sociais”.

Ele chegou a cobrar lideranças ao pedir que os partidos dos envolvidos tomem as medidas cabíveis e eles “não se projetam de novo” com relação a falta de decoro. Para o caso, Lira pediu o rigor necessário, pontuando que o ato ofuscou a promulgação da reforma, “que foi uma conquista muito grande do Parlamento”, disse.

Vice-presidente do PT, Quaquá agrediu Messias Donato dentro do plenário da Câmara. Quaquá foi tirar satisfação de deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam “Lula/ladrão/ seu lugar é na prisão” para o chefe do Executivo.

Quaquá disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o chamou de “viadinho”. Donato interveio, pegando no braço do petista. Quaquá então esbofeteou Donato na cara antes de ser afastado do adversário.

Outro lado

Ao jornal Estado de S. Paulo, o deputado Messias Donato alegou que ele e seus aliados exerciam seu “papel como oposição ao governo” ao vaiar Lula, quando o petista Quaquá se aproximou deles e “começou a xingar com termos homofóbicos e agressivos”.

“Foi quando eu fui até ele e, com minha mão esquerda, encostei nele pedindo para não fazer aquilo e, então, recebi o tapa”, afirma, dizendo ter sido “covardemente agredido”.

Ele afirmou ainda que registrará boletim de ocorrência sobre o incidente. A equipe do parlamentar também prepara uma representação ao Conselho de Ética. A ideia é que o Republicanos protocolasse o documento ainda ontem, dia 21, segundo a assessoria de Donato. Já o petista disse, em nota, que deu tapa em Donato depois de sofrer uma agressão.

De acordo com Quaquá, a “reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Foi quando fui empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultradireita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, afirmou em postagem eu suas redes sociais.

Grave

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), classificou como “grave” o incidente envolvendo os dois parlamentares no plenário. Apesar disso, observou que o colegiado ainda não recebeu nenhuma representação sobre o assunto. “O Conselho só age sobre provocação”, acrescentou Leur em mensagem ao jornal Estado de S. Paulo. Com informações de Agência Estado

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA