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sábado, 18 maio, 2024

Capitã Estéfane sobre Pazolini: “Imaginava uma relação profissional, pelo menos”

Atual vice-prefeita e pré-candidata ao Executivo da capital, capitã Estéfane abriu o jogo sobre planos para as eleições municipais e relação com Pazolini

Por Robson Maia

O quadro “ES Brasil Entrevista” desta semana recebeu a atual vice-prefeita e pré-candidata ao Executivo da capital, Capitã Estéfane (Podemos). No bate-papo, a militar contou sobre sua mudança de rota na carreira, abriu o jogo sobre a relação com Lorenzo Pazolini (Republicanos) e contou sobre os planos para as eleições municipais deste ano.
Nascida em Minas Gerais, Estéfane chegou à capital capixaba ainda muito cedo. Após construir carreira militar, a capitã da reserva ingressou na política para compor a chapa de Pazolini.
No entanto, a relação com o atual prefeito se rompeu logo cedo. Depois de um certo isolamento político em eventos do Executivo, um episódio evidenciou o desgaste: durante uma entrega de serviço, Pazolini retirou o microfone da mão de Estéfane, que chorou diante do público presente.

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“Eu não conhecia o Pazolini antes do processo eleitoral. Eu entrei na composição por uma indicação de uma pessoa que era amigo em comum, mas nós não éramos amigos, nós não tínhamos relação pessoal, e nós entramos num projeto coletivo voltado para o benefício da cidade” afirmou Estéfane.

“Nós não éramos amigos, mas eu imaginava que essa relação profissional, pelo menos, ela iria se estabelecer ao longo do processo. Nós tivemos uma constatação diferente, e eu não credito isso pessoalmente nem a ele, nem a mim, mas é uma conjuntura”, completou.

Capitã Estéfane sobre Pazolini: "Imaginava uma relação profissional, pelo menos"
Capitã Estéfane será candidata do Podemos em Vitória – Foto por Willian Girelli/ES Brasil

Pela base militar, Estéfane disse respeitar a “hierarquia” entre as funções. o Executivo. Contudo, a vice-prefeita atribui as peculiaridades da política como fator que distorce pontos da relação entre os membros do poder.

“Venho de uma instituição militar, onde a hierarquia é muito bem definida, e eu tinha uma relação muito próxima com os comandos do batalhão. Então eu tinha a imagem institucional sempre acionada, eu estava sempre muito próxima aao outro comandante e subcomandante. E para mim, a relação natural é que haja um respeito entre essas duas posições, porque é o substituto imediato”, alegou Estéfane.

“Dentro da hierarquia militar, pelo menos, o subcomandante era até mais presente do que o comandante, porque o comandante ficava muito em agendas externas, em agendas políticas, em agendas de alto escalão, e quem participava da rotina do policiamento era o subcomandante. Na política as coisas não funcionam muito assim, porque existe uma carga pessoal. Existe quase que uma coisa artística, sabe, de você se tornar uma figura pública e as pessoas relacionarem o seu nome a algumas coisas”

No último mês, a capitã se filiou ao Podemos a convite do presidente da sigla no Espírito Santo, deputado federal Gilson Daniel. Agora pré-candidata à Prefeitura de Vitória, Estéfane destacou o projeto oferecido pelo partido como fundamental para a escolha.

“As mulheres geralmente são vistas na política como uma escada para que os homens cheguem ou como uma fachada para que um homem tenha de fato um poder em cima daquele mandato. Quando o Gilson (Daniel) me disse que ele queria me dar um lugar de disputa, mexeu comigo, porque eu já tinha recebido proposta de ser pré-candidata como estratégia para mudar o tabuleiro eleitoral, de “você não vai ganhar, você vai entrar, você vai fazer um barulho, você vai falar do que você sofreu, mas não para você disputar a eleição”. Então você não tem dinheiro, você não tem tempo de TV, o partido só vai ser uma legenda e aí você entra. Isso para mim não faz sentido nenhum, porque eu não estou entrando para isso, eu estou entrando para disputar a eleição”, destacou a pré-candidata.

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