O desempenho dos investimentos foi impulsionado por Itapemirim, que triplicou os valores

Vitória, Vila Velha e Itapemirim foram as três cidades capixabas que mais investiram em 2012, em valores absolutos, conforme levantamento feito pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas, da Aequus Consultoria. No total, as prefeituras do Espírito Santo aplicaram R$ 1,54 bilhão, um incremento de 21,3% se comparado com o montante investido em 2011.

A economista e editora do anuário, Tânia Villela, explicou que o crescimento foi influenciado, principalmente, pela participação de Itapemirim, que triplicou os investimentos, passando de R$ 37,3 milhões em 2011 para R$ 129,9 milhões, em 2012. “Isso ocorreu por conta do aumento das receitas de royalties e participações especiais relativos à exploração de petróleo e gás”, disse.

Com esse desempenho, o município saltou da sétima para a terceira posição no ranking dos maiores volumes de investimento, no mesmo período. Os dois primeiros colocados são Vitória, com R$ 280,3 milhões, e Vila Velha, com R$ 143,6 milhões. Na quarta e quinta colocação estão: Serra (R$ 111,6 milhões) e Linhares (R$ 101,5 milhões).

Já no que diz respeito aos menores investimentos, as últimas cinco colocações no ranking foram ocupadas por: Muniz Freire (R$ 1,7 milhão), Presidente Kennedy (R$ 1,7 milhão), Irupi e Dores do Rio Preto (R$ 2 milhões, cada um) e João Neiva (R$ 2,2 milhões).

Conforme o anuário Finanças dos Municípios Capixabas, das 46 cidades que apresentaram crescimento nos investimentos, 12 conseguiram, no mínimo, dobrar o volume empenhado, em relação a 2011: Fundão (363,6%), Apiacá (253,2%), Jaguaré (250,6%), Itapemirim (248,4%), Jerônimo Monteiro (212,2%), Vila Valério (183%), Itarana (182,6%), Muqui (161,7%), Ibiraçu (151,4%), Baixo Guandu (112,2%), Itaguaçu (111,4%) e Ecoporanga (104,1%).

Em contrapartida, Presidente Kennedy (-93,8%), Muniz Freire (-69,4%), Afonso Cláudio (-59,5%), Irupi (-39,2%), Iúna (-34,2%), Guaçuí (-34,2%) e Pinheiros (-33,5%) destacaram-se entre os municípios que mais reduziram o volume de investimentos. “No caso de Presidente Kennedy, a queda dos investimentos deveu-se à suspensão e ao cancelamento dos vários contratos firmados pela prefeitura, após a auditoria realizada pela intervenção judicial”, lembrou Tânia Villela.