Na avaliação da Abramat, causas da recessão ainda estão presentes e devem permanecer pelo menos no primeiro semestre de 2017.
As indústrias de materiais de construção tiveram queda de 11,5% em seus faturamentos, no acumulado janeiro-dezembro de 2016, em comparação com o mesmo período de 2015. Os números são da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que representa 70% das indústrias de materiais de construção do país. Já o mês de dezembro do ano passado apresentou retração de 22,7% em relação a novembro, enquanto o recuo em relação a dezembro de 2015 foi de 10%.
Na avaliação do presidente da Abramat, Walter Cover, apesar de dezembro de 2016 ter apresentado queda menor em relação à média do ano, as causas da recessão ainda estão presentes e devem permanecer pelo menos no primeiro semestre de 2017. “O desemprego e o medo da perda do emprego, os juros altos, dificuldade de obtenção de crédito e redução nos investimentos públicos e privados ainda continuam inibindo o consumo dos materiais, seja para reformas, seja para novas edificações”, explica Cover.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção em dezembro de 2016 também sofreu queda significativa, de 9,2%, na comparação com dezembro de 2015. No comparativo com novembro, a queda foi de 3,1%, já o acumulado apresentou retração de 9,3%.
Para Abramat, a tendência registrada em dezembro e nos meses anteriores reflete-se na previsão para o ano de 2017, apontando para um crescimento nulo.
AbramatDesde a sua fundação, em abril de 2004, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção acompanha e contribui para o crescimento da Construção Civil no país, atuando como interlocutora do setor junto ao Governo e aos demais agentes da cadeia produtiva da construção civil. A entidade conta atualmente com 50 empresas filiadas, que são as líderes na fabricação de materiais de construção dos diversos segmentos. Entre os temas que representam os focos de atuação da entidade estão: a competitividade da indústria, a desoneração fiscal de materiais para construção, a conformidade técnica e fiscal na produção e comercialização dos materiais, a profissionalização da mão-de-obra da construção e a responsabilidade socioambiental dos agentes do setor. |