Estudo passa a acompanhar a bacia do Rio Doce e as áreas costeiras afetadas pelos resíduos da Samarco
A Fundação Renova iniciou o monitoramento da fauna e da flora terrestres de toda a bacia do Rio Doce. Este é mais um esforço para identificar, descrever e reparar os impactos provocados pelos rejeitos da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
O trabalho vai coletar dados de organismos diversos. Entre eles, estão invertebrados – como minhocas e abelhas – até mamíferos de grande porte, como antas e onças. Também estão inclusos animais relacionados a ambientes aquáticos, como cágados e jacarés, e as plantas.
Executado pela empresa Bicho do Mato Meio Ambiente, o monitoramento envolve cerca de 200 profissionais. Serão realizadas campanhas semestrais que poderão se estender por até dez anos.
Além de avaliar a estrutura, a composição e a abundância de espécies da fauna e flora, o monitoramento também vai detectar os níveis de metais residuais. A concentração das substâncias serão avaliadas em vertebrados e invertebrados, na flora terrestre, nas ilhas fluviais e no solo.
O estudo ainda vai mapear o uso e a ocupação da terra, ajudando a identificar a distribuição e situação dos remanescentes florestais nesta área.
Monitoramento da biodiversidade aquática
Em junho, a Fundação Renova assinou um acordo de cooperação com a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest) para monitorar a biodiversidade em cerca de 200 pontos. Os locais foram escolhidos em toda a porção capixaba do Rio Doce. Também foi considerada a região que vai do entorno de sua foz, em Regência, até Guarapari (ES), ao sul, e Porto Seguro (BA), ao norte.