Mais de 40 países já declararam apoio ao oposicionista Guaidó, entre eles Brasil, Alemanha e uma série de outras nações sul-americanas
O líder de oposição venezuelana Juan Guaidó fez uma declaração pública na terça-feira (2), na qual afirma que “nunca” haverá um bom momento para negociar com a “ditadura” do presidente Nicolás Maduro, descartando uma nova rodada de conversas para pôr fim à crise política que o país vive.
Guaidó e Maduro haviam enviado representantes a Oslo em maio, para discussões incentivadas pelo governo da Noruega, mas as partes não conseguiram chegar a qualquer tipo de acordo. No dia 29 de junho, pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que as negociações seriam reiniciadas nesta semana.
O deputado nacional afirmou que não havia “anúncio oficial de que ele compareceria a uma nova rodada” de diálogo. “Nunca será um bom momento para a mediação… com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura”, disse Guaidó a jornalistas na Assembleia Nacional, controlada pela oposição e dirigida por ele.
Poucos detalhes foram revelados sobre as negociações de Oslo entre os representantes de Maduro e Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e denuncia Maduro como um usurpador ilegítimo que provocou recessão nos últimos cinco anos.
Os comentários do líder da oposição na Venezuela ocorrem quando a oposição expressa indignação diante da morte, na semana passada, do capitão da Marinha Rafael Acosta, enquanto estava detido em custódia militar. A esposa do capitão e grupos de direitos humanos acusam o governo Maduro de torturar Acosta e de se recusar a esclarecer as circunstâncias da morte.
O procurador-chefe da Venezuela acusou, na segunda-feira (1º), dois oficiais de Inteligência de homicídio em conexão com a morte de Acosta, sem explicar como ele teria sido morto.
*Da redação com informações da Agência Brasil
