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sábado, 5 DE outubro DE 2024

Falhas na manutenção podem comprometer até 40% do custo de um sistema de irrigação

A adoção preventiva de cuidados nos equipamentos, como limpeza dos gotejadores, é essencial para evitar perdas na colheita

Por Redação

Implementar medidas para viabilizar o pleno funcionamento de um sistema de irrigação por gotejamento não é apenas uma questão técnica, mas uma estratégia vital para a saúde financeira do produtor e o sucesso da colheita. Por isso, a manutenção preventiva, muitas vezes negligenciada, é essencial para não comprometer seriamente o equipamento e acarretar prejuízos substanciais.

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Sem uma rotina adequada de checagem no sistema, pequenas falhas podem se acumular e eventualmente levar a problemas maiores, como a redução da vazão ou a obstrução dos emissores, o que coloca em risco a irrigação das plantas.

Entre os aspectos que mais merecem atenção na manutenção preventiva, está o tratamento químico de limpeza dos gotejadores. A escolha entre produtos à base de ácido ou de peróxido de hidrogênio depende de testes qualitativos realizados com amostras específicas do cliente.

“Essa indicação é criteriosa e baseada na vazão do sistema do cliente. A realização dos testes é fundamental para evitar a utilização incorreta de produtos”, alerta Elídio Torezani, engenheiro agrônomo, reforçando a importância de um cuidado técnico detalhado para propiciar a eficácia do processo.

Registro inicial

Um sistema de irrigação bem instalado deve ter suas condições de funcionamento verificadas e registradas já no momento da entrega ao cliente. Essas informações incluem a vazão total dos emissores e do sistema e as pressões em cada ponto da área irrigada.

“Manter essas condições próximas ao que foi registrado no início é um indicador de que o sistema está operando de maneira eficiente, como se fosse novo”, afirma o engenheiro agrônomo.

Essa verificação inicial não apenas assegura que o equipamento esteja funcionando corretamente, mas também serve como uma referência crucial para futuras manutenções. Inclusive, segundo Torezani, sempre que uma manutenção é realizada, existe a possibilidade de se comparar esses dados com os originais, ajudando a identificar problemas e a determinar se o sistema está sofrendo desgaste ou alterações que precisam ser corrigidas.

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Consequências

A falta de manutenção preventiva pode acarretar prejuízos significativos, especialmente em componentes sensíveis como os gotejadores, que representam aproximadamente 40% do custo total de um sistema de irrigação. “A falta de cuidados de rotina pode chegar ao ponto de comprometer 100% essa parte do sistema”, ressalta Torezani, destacando o risco de prejuízos expressivos, que chegam a até R$ 8 mil por hectare.

Além do impacto financeiro direto, a falta de manutenção pode comprometer a eficiência do sistema de irrigação, levando a uma distribuição desigual de água e nutrientes, o que afeta a saúde e o rendimento das plantas.

Em casos extremos, a ausência de cuidados pode até mesmo resultar em falhas completas do sistema, obrigando o produtor a substituir partes ou até todo o equipamento, o que eleva ainda mais os custos. “Quando você percebe, a situação pode ser irreversível, e o prejuízo já deve ter acontecido para as plantas que estão sendo irrigadas”, alerta o especialista.

Dicas

Falhas na manutenção podem comprometer até 40% do custo de um sistema de irrigação
Tubo parcialmente obstruído por falta de manutenção. Entupimento total dos gotejadores pode levar a prejuízo de R$ 8 mil a R$ 10 mil por hectare – Foto: Hydra Irrigações

Para assegurar a longevidade e a eficiência do sistema de irrigação, é recomendável, segundo o diretor da Hydra Irrigações, empresa com sede em Linhares, Norte do Espírito Santo, realizar a manutenção preventiva de forma regular, com checagens a cada três a seis meses, dependendo das condições específicas de uso e do ambiente.

“Assim como um carro precisa de revisões regulares, para verificação do nível de óleo ou da água do radiador, os sistemas de irrigação também precisam ser monitorados e mantidos em boas condições para evitar falhas graves e irreversíveis”, conclui o engenheiro agrônomo.

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