Segundo Evair de Melo, Janja estaria “usurpando” a agenda presidencial
Por Robson Maia
O deputado capixaba e vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Evair de Melo (PP-ES), apresentou à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido de investigação sobre a viagem da primeira-dama, Janja, ao Rio Grande do Sul. Segundo a requisição de Evair, Janja teria “usurpado” o cumprimento da agenda presidencial.
Segundo o parlamentar, na ausência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janja tem cumprido funções de atribuição dos membros do Governo. O episódio envolvendo a visita ao Rio Grande do Sul, que sofreu com efeitos de um ciclone, chamou atenção da bancada de oposição ao governo.
No documento enviado ao TCU, Evair expressa extrema preocupação com supostos “indícios da ineficiente malversação do dinheiro público gastos em favor de quem não detém competência legal para exercer determinada função pública”.
O capixaba questiona no documento as ações da primeira-dama sem competência atribuída junto ao Executivo nacional.
“Janja da Silva, sem estar investida em qualquer função pública, usufrui tão amplamente dos recursos do erário público para desempenhar funções que não lhe competem. O que justifica essa assunção de responsabilidades públicas e a legitimidade em gastar dinheiro público? Parece-nos bastante temerário e motivo assaz para auditoria do TCU”, escreve Evair no documento entregue.
Na visão do parlamentar, conhecido por falas enfáticas contra a gestão petista,Janja desempenhou suposta usurpação da função do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB-SP), o que, segundo ele, fere o princípio da eficiência na administração pública.
“Esse princípio caminha lado a lado com o da economicidade, que destaca que os recursos públicos devem ser empregados de forma racional”, afirmou o capixaba.
Em entrevista, o deputado declarou ainda que o governo demonstra com a “usurpação da agenda presidencial e a busca por dar protagonismo à Janja, um deboche com o contribuinte, e escancara o escárnio com o dinheiro público”.
