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terça-feira, 30 abril, 2024

Espírito Santo exporta 844 mil sacas de café em novembro

Foi o mês de maior volume de embarques dos últimos 21 anos.

Por Gustavo Costa

O mês de novembro foi celebração para o setor cafeeiro. O Espírito Santo exportou no período mais de 844 mil sacas, o que confere ao mês passado a colocação de quarto melhor de embarques da história das exportações pelo porto de Vitória.  

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Segundo informações do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), novembro de 2023 só ficou atrás de agosto, setembro e outubro de 2022, quando foram exportadas, respectivamente, 1 milhão  968 mil e 930 mil sacas.

O preço médio em novembro foi de US$ 146,44 por saca, totalizando uma receita cambial de US$ 123.605.534,06. Os 2.638 contêineres que saíram do Estado transportaram 61.530 sacas de café arábica; 742.006 de conilon; e 40.514 de café solúvel.

Para o secretário executivo do CCCV, Gleysandro Rodrigues, o desempenho positivo pode ser atribuído a uma trajetória ascendente que já vinha sendo observada desde julho deste ano. “Destaca-se, particularmente, o café conilon, que, só no último mês, alcançou um volume de embarques superior à soma dos registros dos seis primeiros meses de 2023. Especificamente, foram exportadas 743 mil sacas de conilon em novembro, comparadas às 620 mil sacas durante todo o primeiro semestre deste ano”, disse ele à ES Brasil.

O sucesso nas exportações passa, no ponto de vista de Rodrigues, por uma maior utilização dos cafés arábicas nos blends do consumo interno brasileiro, resultando em uma maior disponibilidade de conilon para exportação. Além disso, os preços do café conilon tornaram-se mais competitivos em relação ao café robusta do Vietnã, principal exportador global dessa variedade. “Uma peça-chave nesse cenário foi a redução da oferta de café robusta pelo Vietnã, abrindo espaço para a produção do Espírito Santo ocupar essa lacuna, falou.

Perspectivas para 2024

Com o bom resultado de 2023, a pergunta que fica é: nos próximos meses, já em 2024, seria possível manter a boa média nas exportações? Para Rodrigues, embora seja desafiador fazer afirmações definitivas, a tendência é que o ano que vem siga ou até mesmo supere o atual nível expressivo de exportação. “Até a primeira quinzena de dezembro, os números já ultrapassam os registros do mesmo período no mês anterior, indicando um desempenho positivo atípico para dezembro. No curto prazo, é esperado que os embarques diminuam antes da entrada da safra, mas ainda assim, prevê-se volumes significativos, superando a média dos primeiros trimestres dos anos anteriores”, explicou.

Um fator determinante será a regularidade das chuvas durante o verão, essencial para garantir uma produção robusta. Rodrigues observa que se as condições climáticas colaborarem, e uma boa safra se concretizar, é plausível esperar que o Espírito Santo continue contribuindo significativamente para as exportações de café em 2024, consolidando seu papel como importante player nesse cenário.

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