Sintomas nem sempre são visíveis, muitas vezes são silenciosos
Por Kebim Tamanini
O suicídio é um problema global, causando cerca de 700 mil mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a situação não é diferente, com 16,2 mil suicídios registrados em 2022, conforme o Anuário de Segurança Pública deste ano. Por este motivo, no mês de setembro, são realizadas diversas ações para educar e conscientizar as pessoas sobre a saúde mental.
Você sabe como ajudar alguém com tendências suicidas? Muitas das vezes as pessoas não conseguem notar os sinais que recebem dos indivíduos com vontade de autodestruição.
Para auxiliar na prevenção do suicídio, devemos estar atentos às pessoas ao nosso redor, independentemente de terem tentado suicídio anteriormente. Expressões como “Nada faz sentido”, “Não aguento mais viver assim”, “Não há mais nada que eu possa fazer”, “Seria melhor eu morrer” e “Não tem luz no fim do túnel” podem ser sinais de alerta.
Fique atento aos sinais da depressão
Tristeza Profunda | Distúrbios do sono |
Pensamentos negativos | Desinteresse e apatia |
Baixa autoestima | Desleixo com a aparência |
Dores físicas | Isolamento |
Rejeição | Irritabilidade |
Choro frequente | Falta de vontade de realizar tarefas simples |
Mudanças comportamentais bruscas |
O médico psiquiatra e professor de Medicina Valber Dias Pinto ressalta a importância de disseminar informações sobre o assunto em meio a sociedade. “É essencial falarmos sobre prevenção de suicídio porque ele é a via final de vários processos de adoecimento em saúde mental. E quando ele ocorre, significa que estas etapas falharam. A importância se dá também temos 10 a 15 mortes para cada 100 mil pessoas por ano por suicídio. São 20 a 40 tentativas para cada uma destas mortes. Além disso, temos tido um aumento muito grande nos últimos anos e depois da pandemia um aumento ainda maior”, disse.
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Ele destaca que os sintomas nem sempre são visíveis, muitas vezes são silenciosos, mas há alguns sinais comportamentais, como tendência ao isolamento, desinteresse por atividades que antes eram agradáveis e mudanças no ciclo de sono.
Veja como ajudar o próximo
A psiquiatra Danielle Admoni e a psicóloga Monica Machado, criadora do podcast Ame.Cast, elaboraram uma lista de atitudes que podem ser adotadas para auxiliar alguém em sofrimento:
- Evite comentários: Evite dar conselhos com frases prontas, pois podem aumentar o isolamento da pessoa. É melhor ouvir atentamente, demonstrar empatia e oferecer apoio.
- Nunca minimize o sofrimento: Evite comparações, julgamentos ou questionamentos insensíveis.
- Não force a socialização: Não insista para que a pessoa saia de casa; concentre-se em estar presente e proporcionar conforto no ambiente familiar.
- Evite diagnosticar o transtorno mental: Evite fazer diagnósticos informais; é importante buscar cuidados especializados.
- Busque ajuda profissional: Incentive a busca por terapia e ofereça apoio financeiro ou acompanhamento às sessões. Lembre-se de que a assistência especializada é fundamental.
A conscientização e o apoio adequado podem desempenhar um papel crucial na prevenção do suicídio e na promoção da saúde mental.