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sábado, 26 DE abril DE 2025

ES tem a 9ª população mais alfabetizada do Brasil

Estudo com base no Censo 2022 mostra redução das taxas de analfabetismo do Estado nos últimos 12 anos. Governo intensifica ações de alfabetização

Por Otávio Gomes*

Em 2022, a taxa de alfabetização do Espírito Santo (ES) registrou 94,4%, entre pessoas de 15 anos ou mais. Resultado coloca o Estado na 9ª posição no ranking nacional de alfabetização, segundo dados coletados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) a partir do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados divulgados pelo IJSN mostram uma evolução significativa da educação básica no ES. Em comparação com o ano de 2010, os números capixabas tiveram um aumento de 2,5 pontos percentuais (p.p), quando a taxa de alfabetização era de 91,9%. Já a taxa de analfabetismo do Estado ficou em 5,6%, abaixo da média nacional, que é de 7%.

Em números absolutos, no ano de 2022 havia 2.918.368 de pessoas de 15 anos de idade ou mais alfabetizadas e 173.848 analfabetos no Espírito Santo. Em todo o país, eram 151,5 milhões de pessoas alfabetizadas, contra 11,4 milhões analfabetos.

Sexo e faixa etária

No recorte por faixa etária, o estudo apresenta que a taxa de analfabetismo foi maior no grupo de 80 anos ou mais, sendo mulheres 31,34% e homens 26,26%, e menor no grupo de 20 a 24 anos, sendo mulheres 0,77% e homens 1,38%.

Ainda segundo o IJSN, em 2022, o analfabetismo no Espírito Santo entre os homens era de 5,52% (82.313) e entre as mulheres de 5,72% (91.535).

Segundo o diretor de integração do Instituto Jones, Antonio Rocha, o resultado mostra um avanço tanto no cenário capixaba quanto no contexto nacional: “Nós observamos que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu tanto no Espírito Santo, que saiu de 8,1% em 2010 para 5,6% no ano de 2022, quanto em nível nacional, que reduziu de 9,6% em 2010, para 7% em 2022.”

Números por região

O estudo ainda apresenta o ranking dos cinco municípios capixabas mais alfabetizados e dos cinco menos alfabetizados.

Vitória (97,7%), Vila Velha (97,4%), Serra (96,1%), Guarapari (95,8%) e Cachoeiro de Itapemirim (95,7%) são os cinco municípios que registraram as maiores taxas de alfabetização. Mucurici (15,0%), Água Doce do Norte (14,7%), Brejetuba (14,4%), Ecoporanga (14,2%) e Mantenópolis (13,9%) foram os municípios que registram as menores taxas de alfabetização.

Ações do governo do Estado

O gerente de regime de colaboração da Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu), Saulo Andreon, destacou algumas ações realizadas no combate ao analfabetismo: “O Espírito Santo tem demonstrado que está na direção certa, reduzindo o analfabetismo e garantindo a alfabetização da população, mas é preciso olhar para o número de analfabetos. Para tentar alcança-los, temos aí a Educação de Jovens e Adultos (EJA), tanto nos municípios, quanto na redes estadual e há também o Pacto de Colaboração de Aprendizagem que, junto com os municípios, tem atuado na alfabetização na idade certa, aumentando a chance dessa criança progredir”.

A gerente da EJA da Sedu, Mariane Berger, destacou a importância do projeto de educação para jovens e adultos que não completaram a educação regular.

“A expansão da Educação de Jovens e Adultos é um projeto prioritário dessa gestão desde o ano de 2019 quando foi criada a Gerência de Educação de Jovens e Adultos. Nesse sentido, mesmo com a queda das matrículas inclusive nacionalmente, a SEDU tem feito um esforço de ampliar a oferta e diversifica-la de modo a atender a todos. Temos turmas de alfabetização em nossas escolas que ofertam a EJA noturna e também nos Ceejas (diurno e noturno) e nos Neejas (no noturno)”, destaca Mariane.

Segundo a gerente, o Governo do Estado está identificando os municípios com déficit na alfabetização para intensificar a oferta. “Temos feito um estudo a partir dos dados do Censo 2022, identificando os municípios capixabas com pessoas ainda não alfabetizadas para intensificar a oferta. Já estamos com propostas de atendimento in loco nas comunidades que ainda não ofertam a EJA. Esse atendimento in loco é vinculado aos Ceejas e Neejas e vai até onde os jovens e adultos estão. Essa ação se iniciou em 2023 e será intensificada este ano e nos próximos. Entendemos assim que podemos atender melhor as pessoas com uma forma mais flexível de atendimento, inclusive com materiais preparados especificamente para essas comunidades. Também planejamos a criação de um novo Ceeja no município de Guaçuí e de outros novos Neejas. Até 2026 pretendemos ofertar a EJA em todos os municípios capixabas seja na forma presencial ou não presencial”, finaliza.

O estudo completo pode ser acessado neste link.

*Sob supervisão de Erik Oakes

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