Somente em Vitória, a população pagou R$ 784 milhões em impostos em 2022, especialista explica o porquê
Por Amanda Amaral
No Espírito Santo, ao longo de 2022, os contribuintes pagaram R$ 45.738.150.091,60 em impostos. Somente na capital Vitória, este valor chegou a R$ 784.097.973,41. No Brasil, o pagamento das tributações somou R$ 2.890.489.835.290,32 no ano passado.
As informações são do site Impostômetro, mantido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A arrecadação total do Espírito Santo no ano passado inclui impostos federais, estaduais e municipais e representa 1,65% do total arrecadado no país.
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O total pago em impostos pelos contribuintes capixabas em 2022 é R$ 4,7 bilhões a mais do que o que foi pago em 2021 (R$ 41.024.465.114,62). Com relação ao Brasil, em 2021, o mesmo painel registrou aproximadamente R$ 2,6 trilhões. No mesmo período em Vitória, a arrecadação foi de R$ 703.290.358,10, e considera impostos municipais.
O advogado tributarista Samir Nemer explicou que, de tudo que o Brasil produz, 33,9% do Produto Interno Bruto (PIB) vai para o governo em forma de tributos. “Os tributos são importantes para o crescimento econômico e o desenvolvimento social do Brasil. Os valores recolhidos devem ser destinados para áreas, como saúde, educação, segurança, infraestrutura, defesa do meio ambiente e programas sociais. E nós, brasileiros, precisamos cobrar dos nossos governantes o uso desses impostos”.
Para o advogado, a elevada tributação se deve ao aumento dos gastos públicos. “Novos impostos iam sendo criados para que toda a sociedade pudesse pagar esta conta pública. Buscar uma diminuição dos gastos públicos e uma melhor aplicação dos impostos em prol da população e é o melhor caminho para a redução dos tributos cobrados aos cidadãos”.
Segundo Nemer, sócio do escritório FurtadoNemer Advogados, em alguns países da Europa, até mesmo da América Latina, a tributação é ainda mais alta do que no Brasil. “Entretanto, a sensação que se tem é diferente. O país é o que menos devolve os tributos na forma de benefícios à população”, pontua o advogado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), entre 30 países pesquisados, o Brasil oferece o pior retorno em serviços públicos ao cidadão. Confira a pesquisa na íntegra clicando aqui.