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sábado, 27 abril, 2024

ES firma acordo para uso de ‘IA’ na diminuição de homicídios

Tecnologia japonesa será implantada no ES sem custos públicos e já demonstrou sucesso pelo Brasil

Por Kebim Tamanini

A partir de março deste ano, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-ES) estabeleceu uma parceria com a empresa japonesa Singular Perturbations Inc. para preditar possíveis casos de homicídios. A empresa desenvolveu um software capaz de precisar a localidade, horário e previsão de crimes, utilizando dados e tecnologia para antecipar sua ocorrência em áreas específicas ou em determinados períodos.

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Com a assinatura do acordo, a empresa auxiliará nas iniciativas de segurança pública, fornecendo algoritmos por meio de inteligência artificial (IA). O software receberá dados da Sesp-ES sobre locais com maior incidência de homicídios, permitindo que a tecnologia notifique as forças de segurança sobre possíveis crimes letais iminentes.

“Esse software aponta com maior precisão onde esses crimes ocorrem, permitindo que despachamos nossos policiais para essas áreas. O modelo preditivo contribuirá significativamente para a redução de homicídios”, afirma o secretário de Segurança Pública do Estado, Eugênio Ricas.

A tecnologia da empresa japonesa será implantada no Espírito Santo sem custos para os cofres públicos. A contrapartida será apenas a divulgação dos dados que a empresa testará. Esse tipo de serviço já está em operação no Brasil e tem apresentado resultados positivos, especialmente na Região Nordeste.

Inteligência artificial já está sendo utilizada

O Espírito Santo utiliza sistemas de inteligência artificial para identificar criminosos e prevenir fraudes, incluindo o Cerco Inteligente, que monitora diversas atividades criminosas, como transporte de mercadorias, furtos e roubos.

Cerco Inteligente, reconhecimento facial e comunicação digital são algumas tecnologias utilizadas pelas forças de segurança
A câmera com reconhecimento facial é uma das mais avançadas tecnologias de monitoramento. Foto: Reprodução

“A inteligência artificial veio para aprimorar a qualidade do nosso serviço, aumentar sua assertividade e fornecer provas mais robustas. Isso garante que, ao final do processo judicial, os responsáveis pelos delitos ou crimes não escapem impunes”, explica a importância da tecnologia o subsecretário de Comando e Inovação da Sesp, coronel André Có.

Outra ferramenta em processo de implementação é o reconhecimento facial, semelhante à leitura de placas, mas focado na identificação de pessoas. Isso permitirá abordar pessoas suspeitas e monitorar o cumprimento de medidas judiciais. A Sesp está em diálogo com a Fecomércio para utilizar as câmeras de supermercados, lojas e terminais rodoviários como pontos de coleta de imagens para começar a operar a tecnologia do reconhecimento facial. A ideia é aproveitar o grande fluxo de pessoas nesses locais.

Além disso, as forças de segurança do estado estão empregando tecnologia avançada, como a computação embarcada (rastreamento em tempo real das viaturas policiais) e o sistema de identificação balística (correlação de crimes cometidos com a mesma arma de fogo). A Polícia Civil utiliza também o sistema de identificação civil criminal (reconhecimento digital e facial) e o Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT) para investigar estruturas criminosas, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos.

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