Cerco Inteligente, reconhecimento facial e comunicação digital são algumas tecnologias utilizadas pelas forças de segurança
Por Kebim Tamanini
O Espírito Santo utiliza sistemas de inteligência artificial para identificar criminosos e prevenir fraudes, incluindo o Cerco Inteligente, que monitora diversas atividades criminosas, como transporte de mercadorias, furtos e roubos. Atualmente, o Cerco Inteligente conta com 235 pontos de fiscalização, 90 balanças móveis e 967 câmeras ativas, resultando na apreensão de 567 veículos até setembro de 2023, conforme a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
“A inteligência artificial veio para aprimorar a qualidade do nosso serviço, aumentar sua assertividade e fornecer provas mais robustas. Isso garante que, ao final do processo judicial, os responsáveis pelos delitos ou crimes não escapem impunes. As provas obtidas são sólidas e facilitam o julgamento dos criminosos, garantindo que aqueles que desafiam a sociedade sejam responsabilizados”, explica a importância da tecnologia o subsecretário de Comando e Inovação da Sesp, coronel André Có.
O Cerco Inteligente possibilita mapear os movimentos de veículos suspeitos, auxiliando em investigações policiais e operações sigilosas, além de identificar evasões de divisas e irregularidades fiscais, contribuindo para a segurança pública e a fiscalização de trânsito.
É importante destacar que o Cerco Inteligente é utilizado por várias instituições, incluindo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Detran|ES, Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES) e Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES).
Outras tecnologias com IA
Outra ferramenta em processo de implementação é o reconhecimento facial, semelhante à leitura de placas, mas focado na identificação de pessoas. Isso permitirá abordar pessoas suspeitas e monitorar o cumprimento de medidas judiciais.
“O reconhecimento facial está atualmente na fase de adequação do banco de dados e na aquisição de licenças. O hardware necessário para a utilização do reconhecimento facial já está disponível, assim como a infraestrutura do cerco inteligente, que também realiza a leitura de placas, e outros equipamentos específicos. Portanto, a instalação do reconhecimento facial não será tão demorada quanto a do cerco inteligente, pois poderemos utilizar a mesma estrutura já existente”, explica o subsecretário.
A Sesp está em diálogo com a Fecomércio para utilizar as câmeras de supermercados, lojas e terminais rodoviários como pontos de coleta de imagens para começar a operar a tecnologia do reconhecimento facial. A ideia é aproveitar o grande fluxo de pessoas nesses locais.
Além disso, as forças de segurança do estado estão empregando tecnologia avançada, como a computação embarcada (rastreamento em tempo real das viaturas policiais) e o sistema de identificação balística (correlação de crimes cometidos com a mesma arma de fogo). A Polícia Civil utiliza também o sistema de identificação civil criminal (reconhecimento digital e facial) e o Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT) para investigar estruturas criminosas, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos.
O subsecretário de Comando e Inovação da Sesp, coronel André Có, conclui que as soluções baseadas em inteligência artificial na segurança pública vêm para facilitar o trabalho, que é tão importante para a sociedade.
