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terça-feira, 15 DE outubro DE 2024

ES descarta fechar todos os parques estaduais devido a incêndios

Focos de queimadas ocorreram perto de três parques estaduais; governo pode reavaliar o fechamento, mas não tomará ação imediata

Por Kebim Tamanini

Entre 1º de maio e 16 de setembro de 2024, o Espírito Santo registrou 388 focos de incêndio em áreas superiores a 1 hectare, sem contar os focos menores. Alguns focos desses aconteceram nas proximidades de três dos sete parques estaduais do estado — Paulo César Vinha, em Guarapari; Mata das Flores, em Castelo; e Pedra Azul, em Domingos Martins — contudo, não foram diretamente afetados pelo fogo.

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Enquanto estados como Rio de Janeiro e São Paulo decidiram fechar seus parques estaduais por conta do aumento das queimadas, o Espírito Santo ainda mantém as unidades de conservação abertas.

Durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (18), o diretor-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Mário Louzada, afirmou que a possibilidade de fechamento está em constante avaliação. “Já enfrentamos problemas em três parques e, ao todo, em sete unidades de conservação. O que temos observado é que os visitantes possuem boa consciência ambiental e não têm causado problemas. Nosso critério para o fechamento é o risco para os visitantes, e isso é avaliado diariamente”, disse.

Apesar de a situação estar sob controle, o diretor do Iema não descartou um fechamento preventivo caso o cenário piore “Se a situação se agravar, podemos reavaliar e considerar o fechamento, seja de algumas unidades ou de todas”, relata.

ES descarta fechar todos os parques estaduais devido a incêndios
O Parque Estadual Paulo César Vinha. Foto: Sagrilo/ES BRASIL

Incêndios nas proximidades

Os parques que tiveram focos de incêndio em áreas próximas foram temporariamente fechados para que as equipes do Corpo de Bombeiros e do Iema pudessem atuar no combate ao fogo. Atualmente, equipes ainda estão trabalhando na zona de amortecimento do Parque Paulo César Vinha, onde o incêndio persiste na APA de Setiba. “Estamos monitorando e encharcando a área de turfa, onde o fogo é subterrâneo. Mesmo que não seja visível, estamos combatendo”, explicou Louzada.

O Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, enfrenta um incêndio de difícil combate por conta do acesso limitado e da mata densa. “Temos uma grande equipe mobilizada, mas a área é preservada e de difícil acesso, o que torna o trabalho desafiador”, completou o diretor.

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Reforço no combate

Para intensificar os esforços de controle das queimadas, o Iema anunciou a contratação de 72 brigadistas temporários para atuar nas unidades de conservação e arredores. Também está prevista a contratação de máquinas para a construção de aceiros, faixas de terra sem vegetação que impedem a propagação do fogo.

“Estamos vivendo um período seco e de intenso calor, onde qualquer faísca pode se transformar em tragédia”, alertou Louzada, reforçando a gravidade da situação.

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