Trata-se do EA 60X, drone que garante a aplicação controlada de defensivos agrícolas nas plantações. Confira como ele funciona
Fabio Gabriel
Nos dias atuais, já é comum observar um veículo aéreo com hélice sobrevoando os céus das grandes cidades. E não estamos falando de um avião ou helicóptero, mas sim dos drones, que chegaram para facilitar a vida de empresas e pessoas que necessitam de imagens ou serviços. Um exemplo é o da Fotus Distribuidora, divisão do Grupo Litoral, que, de olho no mercado agro, lançou, em novembro deste ano, um drone voltado para a pulverização em plantações.
Trata-se do drone EA 60X, um produto que garante a aplicação controlada de defensivos agrícolas e oferece excelente custo-benefício ao setor. O equipamento impressiona, ao mesmo tempo, pelo tamanho e pela precisão ao ser utilizado na aplicação de insumos.
“A inteligência do software já traça o perímetro através de uma programação prévia, definindo o espaço em que ele vai aplicar o produto, regulando não só o tamanho físico, mas também a altura em que o drone vai pulverizar o insumo”, informou Maycon Augusto, gerente comercial agro, destacando que o drone pode sobrevoar a uma altura mais baixa do que aviões, por exemplo.
“Além disso, o equipamento vem acompanhado de um gerador e duas baterias. No momento em que uma estiver sendo utilizada, a outra é carregada, garantindo o mesmo período de autonomia de voo do drone”, explicou Augusto.
Segurança
Para utilização do EA 60X, é necessário um técnico para a manipulação dos insumos aplicados nas plantações, além de ter a autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para a utilização do drone. Todo o cuidado é tomado para garantir que a vida das pessoas não seja colocada em risco.
“O drone é programável, e é possível escolher a área a ser sobrevoada. A recomendação do fabricante é de que não seja utilizado próximo a residências, mas ele consegue identificar obstáculos. Assim, se, na área programada, existir um poste ou uma rede de transmissão, por exemplo, ele consegue desviar”, explicou Gregório Finamore, analista técnico da Fotus.
O especialista também destacou a tecnologia do equipamento, que permite a manobra sem o manuseio de um piloto. “O drone possui três radares. O frontal dispara feixes de luz, que não são visíveis a olho nu, mas permitem a identificação do obstáculo e definem a melhor opção para o desvio, seja por cima ou pela lateral”, informou.

Sustentabilidade
Segundo a empresa, o produto, além da alta performance na utilização, também é sustentável, com a economia de itens primordiais que garantem o equilíbrio da natureza. “Entendemos que o produto está alinhado com a questão da sustentabilidade, primeiro pela economia de água durante a aplicação, que é extremamente menor do que os equipamentos tradicionais de solo. Ao invés de utilizar 200 ou 250 litros de água por hectare, posso utilizar seis, sete ou 30 litros, dependendo do defensivo que estou utilizando”, informou Rodolfo Stanke, gerente responsável pelo projeto.
O especialista também falou sobre a economia proporcionada ao agricultor. “Ao utilizar o equipamento altamente tecnológico e de maior precisão, consigo economizar no defensivo agrícola, um produto que pesa no bolso do produtor, já que estou utilizando menos produto e o mesmo é mais localizado sobre a planta pelo drone. Isso também proporciona uma sustentabilidade no negócio do agricultor, que vai economizar no defensivo”, alertou Stanke.
Outro ponto importante é que o operador não tem contato com o defensivo agrícola durante a aplicação, um problema antigo que já causou muitas doenças. “A pessoa só vai ter contato com a preparação da cauda, utilizando os EPIs recomendados. A partir do momento em que o drone é abastecido, o equipamento aplica o defensivo na lavoura e o operador não tem contato com a névoa que é gerada. Assim, ele fica protegido”, informou.
O valor do drone pulverizador fica entre R$ 200 mil e R$ 280 mil, dependendo do modelo. “Nós não queremos vender só o drone, mas também a solução de aplicação. O nosso cliente pode ser um prestador de serviço que vai vender o serviço ou o próprio fazendeiro. Para todos, preciso vender a solução, apresentando o conhecimento, a orientação e a regulamentação técnica necessária, incluindo a do Ministério da Agricultura e da ANAC, para que o cliente não faça o trabalho de maneira errada”.

