Depois que entraram na lista de devedores, seis em cada dez (57,8%) inadimplentes admitem que ficaram com a autoestima mais baixa
Dívidas em excesso, além de prejudicarem o bolso do consumidor, também podem trazer uma série de problemas emocionais e físicos, como ansiedade, angústia, alterações no apetite e dificuldades no relacionamento pessoal.
A conclusão veio por meio de um levantamento nacional feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), junto a consumidores que têm contas em atraso há mais de 90 dias.
De acordo com a pesquisa, dois em cada três (65,6%) inadimplentes se sentem deprimidos, tristes e desanimados por estarem devendo e 16,8% reconhecem que por não conseguirem pagar as contas, passaram a descontar a ansiedade em algum vício, como cigarro, comida ou álcool, sobretudo as pessoas das classes C, D e E (17,5%).
“O estado emocional do devedor também interfere no modo como ele lida com suas finanças. Sentimentos como perda de sono, irritação, baixa autoestima e falta de concentração podem potencializar os problemas, dificultando ainda mais o processo de saída do endividamento. Uma solução para esses casos é buscar ajuda. Para lidar com as finanças, é preciso muita racionalidade e ponderação para compreender a situação das dívidas e as melhores estratégias para quitá-las”, destaca Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, .