Os médicos alertam sobre a necessidade de prevenção e tratamento desde os primeiros sintomas
Por Patrícia Battestin
Nesta segunda-feira, 10 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental. A data traz uma reflexão e um alerta sobre a necessidade de olharmos para as condições da nossa mente.
A data foi criada em 1992 e os diagnósticos não pararam de crescer. De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, atualmente cerca de 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de doença mental no país.
Primavera chega ao Estado com frente fria
A pandemia da Covid-19 aumentou a preocupação dos especialistas. As estatísticas apontam que houve um aumento dos diagnósticos em 25%. Segundo o psiquiatra Valber Dias Pinto, os dados refletem a realidade dos consultórios. “O que chamamos de quarta onda já chegou. Seja pelos efeitos diretos do vírus na Síndrome da Covid Longa, pelos efeitos da pandemia em si, ou por fatores econômicos e sociais”, explicou.
A Camila Vicente é um exemplo. Antes da pandemia a vida dela era muito ativa. Trabalhava em horário comercial, cuidava de filhos, marido e ainda mantinha uma vida social. Mas tudo mudou. “No início eu passei a trabalhar de casa. Mas, fui demitida. Eu passei a me sentir muito angustiada. Não saia de casa, não via ninguém, sem contar o pânico de não ter emprego. Eu ficava sem ar, tira crises de choro”, lembrou.
A mulher que trabalha como publicitária, foi diagnosticada com ansiedade. Depois apareceram outros problemas, entre eles a arritmia cardíaca.
“Boa parte do adoecimento físico, por assim dizer, inicia com um prévio adoecimento mental. Isso é verdade para doenças bem conhecidas como hipertensão e diabetes, bem como suas complicações”, alertou psiquiatra.
Cuidados com a saúde mental
De acordo com o especialista manter hábitos saudáveis é um dos caminhos para cuidar da mente. E destacou seis pilares que devem ser adotados:
- Alimentação saudável;
- Sono reparador;
- Atividade física;
- Combate ao tabagismo;
- Cuidar das relações interpessoais;
- Manejo do estresse
Deixar o preconceito de lado e buscar ajuda é fundamental para que a situação não chegue ao extremo, como é o caso do suicídio. Por isso o psiquiatra fez um alerta. “É muito importante fazer algo. Começar logo, a cuidar da sua saúde mental. Nem que seja um pequeno passo de autocuidado e de cuidado para o próximo”, finalizou.