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sexta-feira, 26 abril, 2024

As 10 premissas para o desenvolvimento sustentável

Um guia para uma rotina mais eficaz e um mundo melhor: uma oportunidade de rever conceitos e buscar a sinergia de ideias e práticas

Por Edson Reis

Gerente-geral de Responsabilidade Corporativa do Grupo ArcelorMittal, o inglês Alan Knight, que atua no centro corporativo da empresa em Londres, Inglaterra apresenta a nova estrutura que propõe 10 premissas ao desenvolvimento sustentável.

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O foco está na responsabilidade da produção industrial do aço, incluindo questões de sustentabilidade em suas várias perspectivas, que abrangem a valorização do produto enquanto contribuinte da qualidade de vida e da construção de uma sociedade mais sustentável.

Aço: uma fábrica de vida

O que Alan difunde é o exercício de expandir a consciência dos negócios, enquanto se buscam novas formas pragmáticas de materializar o desenvolvimento sustentável. Para isso, estimula as pessoas a se mover em direção a objetivos comuns, que harmonizem a compreensão sistêmica do conceito de sustentabilidade.

Daí derivam ações práticas, responsáveis, mensuráveis e gerenciáveis, integrando empresa, governos, comunidades e sociedade. Assim, faz valer a crença do aço como uma fábrica de vida, dada à sua reciclabilidade e à sua utilidade na busca por uma economia circular e à melhor relação entre responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável.

Inspiração para a busca da evolução contínua

Alan ofereceu a oportunidade de se rever conceitos e de se buscar a sinergia de ideias e práticas. “As 10 premissas do desenvolvimento sustentável compreendem um caminho promissor para buscarmos evoluir em tudo o que fazemos; um guia completo, convincente e prático à melhoria do modo de se desenvolver produtos e de se apoiar empregados, comunidades e sociedade, em busca de um futuro melhor para todos”, avalia Suzana Fagundes, diretora jurídica e de Relações Institucionais da ArcelorMittal Brasil.

As 10 premissas para o desenvolvimento sustentável
Orquestra profissional e orquestra de jovens integradas em um concerto

Para Sidemberg Rodrigues, gerente-geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal Brasil, os ensinamentos vão além.

“Temos unidades de negócios em diferentes estágios de evolução no mundo, estando também em diferentes países e culturas. Penso que essa nova estratégia traga a consciência holística de que temos de compreender o todo sem desconsiderar as peculiaridades e necessidades locais, que devem ser respeitadas. outros países, estruturando uma grande rede de ajuda mútua. Isso gera sólida reputação, abre amplos canais de diálogo com outras instituições, conquista credibilidade e admiração externamente e eleva a qualidade do clima organizacional.

Arte como fonte de inspiração

A necessidade de foco em saúde, segurança e qualidade de vida dos empregados foi outro ponto de extrema importância trazido por Alan Knight, que conheceu a forma como empregados são inspirados, por meio de música, dança e arte em geral, a mostrar seus talentos em iniciativas internas, como festivais de música, que tornam o ambiente empresarial mais leve e contribuem com os excelentes indicadores de saúde e segurança.

Algumas dessas ações chegam a palcos restaurados por jovens em situação de risco, por meio de intervenções arquitetônicas da ArcelorMittal. Espetáculos que reúnem empregados, corais de presidiários em processo de reintegração social, orquestras com músicos profissionais e crianças de comunidades, excedendo as expectativas de stakeholders.

Somos todos agentes de transformação

A promotora pública Fabíula Secchin se impressionou com a forma que a ArcelorMittal enxerga o desenvolvimento sustentável. “Atualmente, precisamos buscar meios de fazer uso responsável de recursos e oportunidades, como agentes de transformação que somos, para assegurar maior responsabilidade por parte de empresas, governos e sociedade, e um futuro melhor para todos”.

Nas obras do passado, a chave de uma nova identidade social

Alan conheceu a experiência da ONG Goia, que restaura o patrimônio histórico-artístico-arquitetônico, por meio da capacitação de jovens em situação de risco. Eles próprios formaram novas turmas, multiplicando a quantidade de profissionais restauradores que hoje atuam no mercado e inspiram mais jovens em suas comunidades. Outros participantes dessa iniciativa se tornaram arquitetos, guias turísticos e professores.

As 10 premissas para o desenvolvimento sustentável
Restauração do Theatro Carlos Gomes

O gerente-geral visitou ainda alguns dos mais de 40 imóveis recuperados pelo Goia, como o Theatro Carlos Gomes, durante um ensaio das orquestras sinfônica e de jovens. Os maestros fizeram questão de interromper o ensaio para tirar fotografias de Alan com os músicos, em reconhecimento ao fato de a empresa ter sido a primeira incentivadora da música erudita no Estado, tendo ajudado na formação em Regência, na aquisição de instrumentos musicais e no estímulo à consolidação de público.

Em busca do equilíbrio espiritual

Para tornar o alvo de intervenção autosssustentável, uma vez que há mudança de foco, de acordo com as direções apontadas pelo edital bianual, a ArcelorMittal estimula a busca de novas parcerias e a responsabilidade individual de conquistar essa própria sustentação, o que a empresa chama de “equilíbrio espiritual”. A premissa de governança difundida pela companhia desde 2004 inclui as perspectivas econômica, ambiental, social, política, cultural e espiritual (sem relação com religiões).

Dando o peixe e ensinando a pescar

Na lagoa Juara, Alan Knight conheceu um dos núcleos de economia criativa gerados para reduzir a violência nas comunidades. Com a produção de peixe em larga escala, foi construído um restaurante que atrai grande número de turistas, o que reduziu os índices de violência na comunidade.

Com o aumento do poder aquisitivo local e do fluxo de pessoas, foi criado o Centro Integrado de Artesanato, que comercializa toda a produção. Após uma enchente, foi reconstruído por empregados da ArcelorMittal de várias localidades, por meio do programa de voluntariado “Férias Solidárias”, gerido pela estrutura sob responsabilidade do gerente-geral.

Alinhando as ações de sustentabilidade

Alan promoveu uma série de conferências para difundir as 10 premissas do desenvolvimento sustentável em maior profundidade. Falou com o staff que produz o relatório de sustentabilidade no Brasil, com membros do Comitê de Imagem, Reputação e Sustentabilidade, e também com gerentes-gerais e diretores dos segmentos de Aços Planos e Longos. Para o CEO da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista, os 10 outcomes são excelente oportunidade para que o Grupo ArcelorMittal harmonize a compreensão de desenvolvimento sustentável.

As 10 premissas para o desenvolvimento sustentável
Bill Steers e Alan Knight, depois da reunião o com CEO Benjamin Baptista e a diretora jurídica e de Relações Institucionais Suzana Fagundes

“Agora temos às mãos uma consistente referência para que nossas estruturas alinhem o desdobramento, não apenas de conceitos e ideias mas, sobretudo, de práticas de sustentabilidade que tragam vantagens competitivas e perenidade aos nossos negócios”, afirmou.

O VP industrial do segmento de Aços Planos, Jorge Luis Ribeiro, propôs um estudo dirigido por parte das equipes para fazer os desdobramentos dos 10 outcomes da melhor forma até o chão de fábrica.

Anfitriã de Alan Knight , a gerente de Responsabilidade Social , Comunicação e Relações institucionais da ArcelorMittal Tubarão, Herta Torres, destacou a importância da visita. “Foi muito importante para entendermos a proposta da nova estratégia do Grupo e nos prepararmos para atender seus desdobramos enquanto unidade industrial aqui na ArcelorMittal Tubarão. Um facilitador é que, como em Londres, a comunicação interna, a CSR e a comunicação externa ficam na mesma estrutura, favorecendo a sinergia e a potencialização da comunicação como um todo”, ressalta.

Parceria com o meio acadêmico

A viagem também inclui uma visita à maior universidade do Estado, uma das que gerentes e empregados atuam como coordenadores e professores em cursos de diversos tipos de engenharia, com o objetivo de identificar potenciais pesquisadores e futuros talentos para ingressar nos programas de trainee da empresa. Alan foi a laboratórios e assistiu a uma apresentação sobre novas aplicações para a escória produzida pela ArcelorMittal, que deixa de ser vista como um passivo ambiental para se tornar um bem social ao fazer o revestimento de mais de 500 quilômetros de estradas e ruas, principalmente em áreas rurais.

Destaque para a utilização da escória em aplicações inovadoras como blocos para construção produzidos em presídios; em recifes artificiais, que irão repor os naturais destruídos pela ação humana; em mourões de cerca, blocos de pavimentação de calçadas e na agricultura como fertilizante, como também na composição de argamassa. Ainda durante a apresentação, foram mencionados a sede de uma ONG e o pequeno prédio de um Centro Comunitário, ambos construídos com blocos de escória.

Preservando todas as formas de vida

Na planta industrial da ArcelorMittal Tubarão, conheceu o ponto de chegada do efluente industrial final ao oceano, onde a temperatura da água que volta dos processos de efrigeração é ligeiramente maior, o que favorece a predominância de alimento às tartarugas. Nesse ponto, a ONG Tamar atua para acompanhar a saúde e a vida desses animais.

Durante a sua visita, a inesgotável energia de Alan Knight ainda o permitiu conceder a entrevista que se segue: Qual o motivo de sua visita ao Brasil? Estou aqui em viagem à América do Sul. Primeiro estive na Argentina, para aprender sobre como as diferentes empresas da ArcelorMittal interpretam e desejam trabalhar com a nova Estratégia de Desenvolvimento Sustentável que eu estabeleci, em nome do Grupo, em todo o mundo.

As 10 premissas para o desenvolvimento sustentável
Um dos vários núcleos de economia criativa – Lagoa do Juara -, Centro de Artesanato e atração de turismo para combater a pobreza e a fome, enriquecendo as comunidades

Por que o Grupo decidiu criar uma nova Estrutura de Responsabilidade Corporativa e Desenvolvimento Sustentável?

Queríamos, como empresa, realmente reconhecer algumas das tendências globais que o mundo enfrenta hoje, tais como a necessidade de se eliminar a pobreza, de se utilizar cada vez menos recursos, de se criar riqueza e de se abordar questões como a mudança climática e as secas. Assim, sentimos que o foco anterior da responsabilidade corporativa era somente em investimento na comunidade e precisava ser expandido. Nós, enquanto negócio, criamos oportunidades e gerenciamos riscos com essas grandes tendências sociais e ambientais globais de longo prazo.

Quais as principais mudanças que a nova abordagem traz no relacionamento com os stakeholders?

Penso que, com os stakeholders com os quais já temos um relacionamento, provavelmente a maior mudança seja um maior foco não apenas no engajamento com eles, mas em repassar as informações que queremos compartilhar, e também sermos muito mais sensíveis com relação ao que esperam de nós, e, após assegurarmos que essas expectativas são razoáveis, nós as atendermos. A outra mudança será provavelmente nosso foco em sermos mais colaborativos nos assuntos relacionados a grupos ambientais, particularmente grupos ambientais globais. Acho que no passado nós de certa forma nos defendíamos desses grupos. Espero que essa nova abordagem torne possível trabalharmos juntos de forma mais colaborativa para encontrar soluções convenientes para os dois lados.

O que o Grupo entende hoje como desenvolvimento sustentável (DS) e responsabilidade corporativa (RC)?

Por responsabilidade corporativa, queremos dizer que compreendemos o que nossos stakeholders esperam de nós e gerenciamos essas expectativas; e por desenvolvimento sustentável, queremos dizer que compreendemos as tendências ambientais e sociais de longo prazo em nível nacional e mundial e que procuramos, como negócio, garantir que estejamos preparados para elas.

Há alguma mudança conceitual de DS e RC com a nova abordagem?

Penso que o maior desafio será expandir o que atualmente fazemos com as comunidades para pensar de fato nos produtos que faremos no futuro e como nossos produtos de fato contribuem para criar uma sociedade mais sustentável para todos. Então, é mudarmos daquilo que somente damos para a comunidade para qual será a diferença positiva que nossos produtos farão no futuro.

De que forma as “10 premissas” estão integradas à estratégia de negócios do Grupo?
Neste estágio, as 10 premissas representam uma nova abordagem que ainda estamos desenvolvendo. Mas a intenção é que as informações que coletarmos das 10 premissas – onde identificamos quais são os grandes riscos, quais são as grandes oportunidades – influenciem diretamente nossa estratégia de negócio. Então, elas estão definidas para influenciar diretamente nossa estratégia localmente.

É possível constatar que algumas premissas estão integradas aos objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável. Qual a posição do Grupo ArcelorMittal sobre eles?

Eu acho que será fácil para nós, como um Grupo, apoiarmos os objetivos de desenvolvimento sustentável global das Nações Unidas, e nossas tendências estão escritas para nós como uma empresa de aço. O que fizemos foi observar os objetivos e todos os outros desafios importantes que o mundo enfrenta e escrever um conjunto de nossos próprios objetivos como uma produtora de aço. Então, embora nosso linguajar seja um pouco diferente, nós concordamos plenamente com eles. E o que temos feito é torná-los mais personalizados, customizados para nós, como produtores de aço. Portanto, não há conflito algum.

A nova estrutura de RC e DS traz a perspectiva de mudar o foco do engajamento para a gestão das expectativas dos stakeholders, incluindo tendências, riscos e oportunidades. Nesse cenário (a partir de uma visão sistêmica do Grupo), quais seriam as principais oportunidades e os maiores desafios que se apresentam para a ArcelorMittal?

Eu penso que o maior desafio para nós, como Grupo, provavelmente, é o carbono e a mudança de clima. A atual produção física de aço tem uma pegada de carbono muito alta. E assim, sempre será difícil, porque mudanças na maneira como produzimos aço são limitadas e também onerosas. Esse é nosso maior desafio. Eu penso que a maior contribuição, ou a maior oportunidade, é, ironicamente, também a mudança climática, em como os produtos que fazemos podem realmente ajudar nossos clientes a reduzir sua pegada de carbono. E onde isso está absolutamente óbvio e claro é como as classes mais leves do aço para produzir carros reduzem sua pegada de carbono. Então aqui há um desafio e uma oportunidade.

O que o senhor entende por sustentabilidade?

Por sustentabilidade, a definição que usamos é como nós faremos para que 9 bilhões de pessoas em 2050 vivam uma vida sem pobreza, enquanto usamos os recursos naturais de apenas um planeta, sem causar consequências não intencionais, tais como obesidade infantil e mudança climática.

Há uma crescente pressão internacional sobre as questões ambientais, com leis mais rigorosas, órgãos atuantes e ferramentas cada vez mais sofisticadas para monitoramento. A isso se junta uma cobrança intensa por parte da sociedade em termos de controle ambiental em tempo de uma crise econômica que afeta todos os mercados. Como o senhor acredita que as empresas podem manter a reputação e suas licenças de operação e expansão em um cenário como este?

Creio que a resposta seja simples. Você deve abraçar as mudanças, planejar-se para elas e estar preparado para elas. Porque o oposto à sua pergunta também é verdadeiro, os negócios que não fizerem isso são os que enfrentarão multas e irão perceber que seus clientes estão escolhendo a concorrência. Então, essa é uma tendência dos negócios, e a boa liderança dos negócios está respondendo a tendências. Pois é, o que diríamos em inglês é “Go ahead!” (vá em frente!).

Observa-se no mundo uma contínua aproximação da sustentabilidade com as questões de governança e compliance, o que inclui combate à corrupção, questões trabalhistas e fiscais, ética nas relações governamentais, entre outras. Todas as siderúrgicas do Brasil, à exceção da ArcelorMittal, estão envolvidas em escândalos neste momento. Que mecanismos o senhor vê como eficazes para que a ArcelorMittal se mantenha com a solidez de credibilidade que a caracteriza?

Bem, é muito difícil para mim comentar sobre algo que tem muito a ver com o Brasil, e eu não sou o Brasil, mas diria que a resposta está no questionamento que o que quer que estejamos fazendo, deve estar dando certo. E isso é crédito da gestão atual do negócio no Brasil por ter essa posição. Portanto, sigam fazendo o que vêm fazendo atualmente e saberão as áreas que podem ser desenvolvidas. Então, repito, eles estão claramente acertando, então continuem fazendo o que vêm fazendo.

O senhor tem uma vasta experiência na esfera de negócios voltados ao varejo. Que motivação o inspirou a entrar na indústria, especialmente em um negócio que inclui siderurgia e mineração?

Eu não vejo problema em produção de aço e mineração, apesar de eles terem, obviamente, muitos desafios ambientais e sociais, porque eu não entendo como qualquer mundo possa operar sem aço ou mineração. A transição da indústria de varejo para indústria de manufatura é para mim a coisa mais empolgante que posso fazer, porque as grandes soluções do mundo agora não serão encontradas pelos varejistas. Elas serão, na verdade, encontradas pelas grandes indústrias de manufaturados. Eu penso que o varejo, principalmente na Europa, agiu certo ao dar o pontapé inicial ao debate, com varejistas fazendo aos fornecedores perguntas difíceis, como condições de trabalho nas fábricas, de onde vem a madeira, criando um apetite para responsabilidade corporativa no mundo. Mas os grandes ganhos serão na indústria, particularmente na indústria pesada. Então, eu estou claramente no lugar certo. O capitalismo está em uma fase desafiadora desde 2008, com mercados instáveis, dificuldade de margens de preço a contento e grandes desafios para a área comercial.

Em que grau a sustentabilidade pode ajudar as vendas?

Bem, a melhor resposta para isso é como a insustentabilidade ajuda as vendas. Estamos enfrentando um mundo onde a mudançaclimática é real, um mundo que está usando mais e mais recursos, onde a Amazônia está sob ameaça. Como poderemos prosseguir com vendas, quando a Amazônia se for, quando os materiais do mundo acabarem, e as pessoas estiverem sofrendo? Então, uma das coisas que faço é mostrar às pessoas que a sustentabilidade não é somente uma boa ideia – ela é praticamente inevitável, e para mim, essa é a razão pela qual trabalho em negócios, minha ansiedade é garantir que a empresa para a qual eu trabalho seja a que sobrevive a isso e brilhe na jornada para a sustentabilidade. Uma resposta mais próxima à pergunta é – olhe que empresas automotivas são bem-sucedidas no momento e então olhe como são boas em sustentabilidade em seu setor e você verá a relação direta – os negócios de maior sucesso no momento são os que usam a tecnologia sustentável correta. Então, esse é um bom exemplo, particularmente para uma empresa de aço.

Como avalia sua passagem pelo Brasil?

Eu realmente gostei muito. Eu vi alguns projetos de investimento em comunidades; passei várias horas conversando com a alta direção, uma conversa aberta e franca sobre para onde essas tendências estão indo e porque elas importam, e, tenho que reconhecer, que com todos os desafios no Brasil, eu não poderia ter tido uma reação mais positiva deles. Como um louco de Londres, com umas ideias loucas em como o Brasil deveria pensar sobre essas questões, eu não poderia ter ficado mais satisfeito com a recepção que tive e a visita que fiz.

E no Espírito Santo? O que mais chamou sua atenção?

Eu creio que o espírito das pessoas é ótimo, eu realmente gostei disso, e exemplos, particularmente do tipo de projetos pequenos, projetos de investimento na comunidade que vi, que quando você coloca em andamento o modelo de negócio correto, e dá às pessoas os incentivos corretos, o crime e as dificuldades sociais evaporam. Eu digo isto, dê às pessoas uma boa renda, dê às pessoas um bom emprego, faça esse emprego sustentável, faça seu produto sustentável, crie uma melhor sociedade para o presente. Para mim, é um bom exemplo, pessoas que falam sobre a sustentabilidade estão de fato preocupadas com o futuro, e os projetos que vejo aqui hoje são sobre o presente e as pessoas estão em melhor situação hoje e, assim, esse é o ponto alto de qualquer viagem.

Esta matéria é uma republicação exibida na Revista Comunhão – Maio/2015, produzido pelo jornalista Edson Reis e atualizada em 2021. Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que a matéria foi originalmente escrita.

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