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sexta-feira, 11 DE outubro DE 2024

Desemprego cai no ES no segundo trimestre

Taxa de desocupação no Estado foi de 6,4% no período, menor que o índice do País, que foi de 8% 

Por Anderson Neto

O desemprego no Espírito Santo caiu no levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, a taxa média de desocupação foi de 6,4% no segundo trimestre de 2023. É o número mais baixo já alcançado em quase 10 anos, desde o 1º trimestre de 2014.

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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Trimestral, divulgado pelo IBGE. A  menor taxa registrada havia sido de 5,9% no 4º trimestre de 2013. O dado vem apresentando recuperação desde o quarto trimestre de 2021.

No ano, a taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais era de 10%. A partir daí os números são cada vez mais baixos.

Brasil

A queda da taxa de desemprego do País no segundo trimestre do ano foi acompanhada por apenas oito unidades da federação, enquanto as demais permaneceram estáveis. 

Segundo o instituto, houve queda em quatro regiões, com exceção do Sul, que ficou estável. O IBGE já havia divulgado, no dia 28 de julho, que o desemprego no segundo trimestre atingiu 8%, o menor resultado para o período desde 2014. Uma redução de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março.

Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, do primeiro para o segundo trimestre é possível observar uma tendência de queda em todas as unidades da Federação. A redução só foi estatisticamente significativa em oito delas.

“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir”, afirma, em nota.

As unidades da federação com maior redução na taxa de desocupação foram Distrito Federal, que passou de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. As demais foram São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso.

Mesmo com a desocupação em queda (-0,9 ponto), o Nordeste (11,3%) segue com o maior percentual entre as regiões. Todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%).

Os dois ficaram estáveis na comparação com os três meses anteriores. Já as menores taxas de desocupação foram registradas em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%).

Em São Paulo, estado mais populoso do país e com o maior contingente de ocupados (23,9 milhões), a taxa de desocupação passou de 8,5%, no primeiro trimestre do ano, para 7,8% no segundo. Nesse período, houve queda de 7,6% no número de pessoas que estão em busca de trabalho, chegando a 2,0 milhões. Já o número de ocupados ficou estável.

Dezesseis estados registraram taxas de informalidade maiores do que a média nacional (39,2%): todos são do Norte ou do Nordeste. Nesse indicador, os maiores percentuais vieram do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). Por outro lado, as menores taxas foram de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

De acordo com a coordenadora, a diferença nas taxas de informalidade pode ser explicada, entre outros fatores, pelos setores econômicos que prevalecem em cada região.

“No Norte e no Nordeste, há uma grande presença de atividades que incorporam trabalhadores sem carteira assinada e conta própria sem CNPJ, como o comércio e os serviços”, diz Beringuy.

Ela ainda ressalta que no Sul, região com a menor taxa de informalidade (30,8%), o peso maior das atividades industriais e a diversificação de serviços contribuem para o emprego de trabalhadores com carteira de trabalho.

No país, cerca de 73,3% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. Os menores percentuais também estavam no Nordeste (59,1%) e no Norte (58,4%), com destaque para Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

A proporção era muito menor no trabalho doméstico: apenas 25,5% tinham carteira assinada no país. No Sudeste, região com o maior número de trabalhadores domésticos (2,7 milhões), quase 70% deles eram informais.

No segundo trimestre, o percentual de ocupados trabalhando por conta própria foi de 25,5%. As maiores concentrações estavam em Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%), enquanto as menores estavam no Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%).

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