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sábado, 27 abril, 2024

Cultura ganha cada vez mais espaço

Em 2017, a população capixaba foi privilegiada com uma ampla e diversificada programação cultural

Palco de eventos consagrados do cenário capixaba, o Teatro Carlos Gomes atraiu pelo menos 25 mil pessoas neste ano. Ícone do patrimônio histórico e cultural do Estado, o espaço recebeu shows e espetáculos locais e internacionais. Lá aconteceu a 24ª edição do Festival de Cinema de Vitória – maior evento cinematográfico do Espírito Santo. De 11 a 16 de setembro, o público pôde assistir a mais de 100 filmes.

De 13 a 21 de outubro, Vitória se tornou, mais uma vez, a capital nacional do teatro, brindando os capixabas com 26 apresentações de peças para todos os gostos e idades. O 13° Festival Nacional de Teatro de Vitória também promoveu oficinas, mostras de filmes e exposições no Carlos Gomes, no Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no Centro Cultural Sesc Glória e em apresentações de rua, na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória.

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Teatro Carlos Gomes

Para os apreciadores de música, o ano também foi generoso. O 5° Festival de Música Erudita do Espírito Santo prestou homenagem ao ícone nacional Heitor Villa-Lobos, que teve três de suas obras executadas pela Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses). Em 2017, foram 60 apresentações da Oses divididas em 18 programas. Um dos maiores destaques da programação ficou por conta do “Rock Sinfônico”, que com as outras apresentações alcançou cerca de 40 mil pessoas.

A temporada do Sesi Cultura não deixou a desejar e ofereceu ao público uma programação ainda mais extensa do que em 2016. Cerca de 100 mil pessoas foram contempladas pelas atividades culturais promovidas pela entidade, que integra a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). A orquestra Camerata Sesi se apresentou mais de 30 vezes em quatro séries: clássica, música de câmara, pop e concertos didáticos. Outro evento que atraiu os capixabas para o universo da música clássica foi a segunda edição do Festival de Ópera do Sesi, que encantou o público com cinco espetáculos envolvendo artistas eruditos capixabas.

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A Prefeitura de Vitória investiu R$7,13 milhões no Carnaval, que movimentou, aproximadamente, R$ 13 milhões

Além da grande afluência de público às apresentações teatrais e shows musicais, o gerente da Divisão de Cultura do Sesi-ES, Luiz Vancea, destaca a intensa visitação recebida pelo Sesi Arte Galeria, inaugurado em abril. Para Vancea, a cultura tem o poder de tornar a sociedade mais respeitosa com o próximo, além de ajudar o indivíduo a descobrir suas aptidões e contribuir com o crescimento do Estado. “A cultura proporciona uma abertura de mercado de trabalho, já que para chegar ao produto final precisamos do marceneiro ao contador. Ela gera oportunidades e reduz as diferenças sociais”, explica o gerente.

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Crescimento

Em 2017, a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) lançou 34 editais de financiamento e capacitou mais de 1.400 pessoas com 56 oficinas de elaboração de projetos em 42 municípios capixabas. O ano foi marcado também pela restauração de sítios históricos e imóveis culturais. Foram entregues obras como a Casa dos Braga, em Cachoeiro do Itapemirim; o Restaurante da Geralda, no sítio histórico de São Pedro de Itabapoana, em Mimoso do Sul; a Residência Toninho Furtado e a Casa da Família França, no sítio histórico de Muqui; e a Igreja de Sant’Antonio, no sítio histórico de Itapina, em Colatina.
O secretário estadual de Cultura, João Gualberto Vasconcellos, explicou que além dos R$ 8 milhões destinados aos editais do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), outros valores foram aportados por patrocinadores, como Cesan e Banestes. A seu ver, não há possibilidade de que a verba em 2018 seja menor que a deste ano. “A intenção é ampliar a captação de recursos a cada ano, não só do Funcultura, que incentiva e fomenta projetos culturais, mas também das secretarias estaduais de Direitos Humanos e de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, que contribuem com recursos financeiros”, explica o Vasconcellos.

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A série “Rock Sinfônico” teve grande aceitação do público
Economia Criativa

A indústria criativa estimula a geração de emprego e renda, ao mesmo tempo que promove a diversidade cultural. Ela abrange os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade, cultura e intelecto como insumos primários.
O segmento já é responsável por 6% do PIB capixaba e divide-se em 12 setores: design, teatro, artesanato, música, audiovisual, tecnologias da informação e comunicação, festas e celebrações, gastronomia, publicidade, patrimônio e artes, editorial e pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com o boletim atualizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e pela Secult, houve um aumento de 0,3% no número de pessoas ocupadas com a economia criativa, em relação a 2016 – passando de 143 mil para 144,2 mil pessoas –, representando 7,7% da população do Estado.


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