Anunciada na ES Brasil, estimativa de mercado para taxa de juro se confirma. O índice, que representa os juros básicos da economia, se mantinha em queda desde 2015, quando era de 14,25%.
A sexta reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), nesta quarta-feira, 16, decidiu por manter a taxa Selic em 2% ao ano. Em 2020, esta foi a primeira vez que não houve corte da Selic.
No último encontro, no início de agosto, a taxa caiu pela nona vez consecutiva, atingindo a mínima histórica de 2% após corte de 0,25 p.p. O índice, que representa os juros básicos da economia, está em queda desde 2015.
Expectativa confirmada
A decisão de manter o percentual de juro no atual patamar era esperada pelo mercado, conforme análise da Rosemberg Associados / LCA apresentada pela ES Brasil. O último Boletim Focus, divulgado nesta semana, afirmou que a taxa básica de juros deve terminar o ano em 2%, podendo chegar a 2,25% em 2021.
A Selic em 2% estimula o consumo e ajuda na circulação da moeda. Mas, é ruim aos investidores, pois o crescimento dos títulos públicos e aplicações ficam menores também.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 27 e 28 de outubro, quando pode ocorrer nova redução ou aumento na taxa.
Histórico de queda
A taxa Selic está em queda desde 2015, quando estava em 14,25% ao ano. Em 2019, foram realizados quatro cortes, baixando o índice de 6,5% ao ano para 4,5% ao ano.
Em 2020 foram cinco cortes. A primeira reunião, em fevereiro, reduziu a Selic para 4,25% ao ano. Já em março, o corte levou a 3,75%. Em maio, nova queda para 3%. No mês seguinte para 2,25%. E, por fim, a taxa atingiu o patamar de 2%, em agosto. O menor percentual desde 1999, quando teve início a série histórica.
Selic deve subir em breve
O Banco Central admitiu que a taxa deve voltar a subir em breve. “O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, anunciou por meio de nota.
“Eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, afirmou.
A previsão do mercado é de que a taxa volte a subir de forma gradual em 2021.