Alface, cenoura e tomate apresentaram queda de preço no último mês. Mesma situação verificada para laranja, mamão e melancia
Por Anderson Neto
O clima frio teve impactos nos preços de importantes frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do país, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado ontem (20).
De acordo com a pesquisa, o inverno influenciou tanto na demanda quanto na oferta dos produtos. As cotações praticadas para alface, cenoura e tomate apresentaram quedas no último mês, mesma situação verificada para laranja, mamão e melancia.
No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma diminuição também na quantidade de produto encontrado nos mercados analisados. Isso porque a demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com temperaturas mais baixas.
No Espírito Santo os preços da batata subiram 29,72%. Em contrapartida, houve redução nos preços do tomate (-21,49%), da cebola (-10,81%) e da alface (-26,25%), que registrou a maior queda.
A conjuntura mensal tem como foco as hortaliças e as frutas com maior representatividade na comercialização feita pelas Centrais de Abastecimento de todo o país e que possuem maior peso no cálculo do índice de inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.
A alta no preço da batata é explicada pela menor entrada do produto nos mercados atacadistas. Já para as frutas, a Conab também verificou aumento mesmo em meio à diminuição da demanda nos principais centros consumidores, em virtude do frio, do início das férias escolares e também das festividades juninas, que acabaram por impactar as vendas no atacado.
De acordo com a Ceasa-ES, o aumento do preço da batata se deu em função do valor do frete dos veículos. Antes, o produto vinha de São Gotardo (MG). Atualmente, a batata vem de São Paulo, Paraná e Goiás. A distância dos estados fornecedores pode ter interferido no valor desses produtos.
Já em relação à baixa nos outros produtos (tomate, alface e cebola), a assessoria de imprensa da Ceasa-ES esclarece que o motivo está relacionado à lei da oferta e procura. A Central informa ainda que não há como prever, atualmente, se os preços permanecerão como estão ou se haverá alteração.
Os dados estatísticos do boletim da Conab foram levantados em 11 Centrais de Abastecimento, localizadas em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC).