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sábado, 27 abril, 2024

Cassado em 2022, Thiago Peçanha se filia ao PSB em Itapemirim

De olho nas eleições municipais que se aproximam, Thiago Peçanha comemorou entrada no PSB; Ex-prefeito teve direitos políticos suspensos por 8 anos

Por Robson Maia

O ex-prefeito de Itapemirim, Thiago Peçanha, anunciou em suas redes sociais a filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele e o vice-prefeito à época, Nilton Santos, tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, após acusações de abuso de poder político.

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Na publicação, Peçanha vibrou com o ingresso no “partido do governador”, em referência a Renato Casagrande (PSB), chefe do Executivo estadual. Mesmo com a suspensão dos direitos políticos por oito anos, na mesma decisão que determinou a cassação do mandato, o ex-chefe do Executivo do município da Região Sul do Espírito Santo tem se articulado visando as eleições municipais que se aproximam.

“Com muita alegria anuncio minha filiação ao PSB [Partido Socialista Brasileiro], partido do nosso querido governador Renato Casagrande, onde fui recebido com muito carinho e entusiasmo. Estamos prontos para trabalhar por um (sic) Itapemirim de mais oportunidades e desenvolvimento para todos”, publicou Peçanha.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ex-prefeito anunciou entrada no PSB em suas redes sociais – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na publicação em que anunciou a filiação ao partido, Peçanha aparece ao lado do presidente da sigla no Espírito Santo, Alberto Gavini, e de lideranças políticas locais. A principal ausência observada na imagem ficou por conta do presidente do partido no município, Rodrigo Bolelli. A chegada do ex-prefeito não teria sido bem recebida por Bolelli.
Peçanha foi condenado e teve direitos políticos suspensos

O ex-prefeito Thiago Peçanha foi condenado pelo TSE ainda em 2022 e teve os direitos políticos suspensos até o ano de 2030. Na época, Peçanha era filiado ao Republicanos. A condenação do gestor ocorreu por conta do excesso de nomeações de servidores que ocorreram justamente em um ano eleitoral, em 2020.

A Justiça considerou as ações como irregulares. A ação foi proposta justamente por Rodrigo Bolelli, que comanda o partido em que Peçanha se filiou recentemente.
Na ocasião, o número de comissionados cresceu quase 60%, passando de 401 em 2019 para 610 em 2020. Já o quadro de estagiários aumentou 510%, saltando de 171 em 2019 para 946 em 2020.

O relator do processo no TSE, ministro Carlos Horbach, pontuou em seu voto que as nomeações tiveram como propósito angariar apoio político e, por isso, consistem em abuso de poder político.

“A máquina pública foi totalmente mobilizada para quebrar o equilíbrio da disputa eleitoral daquele ano”, disse o ministro em seu voto.

O ministro Alexandre de Moraes considerou as nomeações gravíssimas e afirmou que os contratados “se tornam cabos eleitorais”. “Em uma cidade menor como Itapemirim, obviamente constitui um abuso efetivo sem justificativa razoável, grave o suficiente para caracterizar abuso de poder político”, ressaltou.

Em 2020, Peçanha foi eleito com 51,74% dos votos válidos (13.934). Ele venceu uma disputa apertada contra Antônio da Rocha Sales (Progressistas), que obteve 46,02%.

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