Depósitos superaram saques em R$ 13,23 bi em 2019
Com a queda dos juros, o interesse na caderneta de poupança diminuiu em 2019. De acordo com informações do Banco Central, no ano passado investidores depositaram R$ 13,23 bilhões a mais do que sacaram na aplicação. O que representa queda de 65,2% em relação à captação líquida (depósito menos retiradas) registrada em 2018, que foi de R$ 38,26 bilhões.
O mês de dezembro foi responsável por mais da metade da captação líquida. Os investidores depositaram na caderneta R$ 17,21 bilhões a mais do que retiraram. O último mês do ano tradicionalmente registra maior número de depósitos devido ao pagamento do décimo terceiro.
Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança, quando as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.
De janeiro a dezembro, a aplicação rendeu 4,26%, segundo o Banco Central. Caso a inflação em 2019 feche em 4,13%, conforme as previsões do Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo BC, a poupança terá rendido apenas um pouco mais que a inflação no ano passado.
Para 2020, o Boletim Focus prevê inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,6%. Com a atual fórmula de rendimento, a poupança renderá 3,15% no próximo ano, caso a Selic permaneça em 4,5% ao longo de todo este ano.
*Da redação, com informações Agência Brasil
- Vale a pena investir na poupança?
- Poupança ainda é a queridinha dos brasileiros, aponta pesquisa
- Saques da poupança superam depósitos em maio