A “caneta” foi criada por uma cientista brasileira. Segundo ela, o principal objetivo é certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente
A cientista brasileira Livia Schiavinato Eberlin desenvolveu uma espécie de “caneta” capaz de detectar células tumorais em poucos segundos. O equipamento é considerado um avanço muito importante para a comunidade médica.
Formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e chefe de um laboratório de pesquisa da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, ela explicou que a ferramenta deve revolucionar a forma de localizar uma lesão cancerosa no tecido saudável.
Batizada de “MacSpec Pen”, a caneta inventada por ela tem como principal objetivo certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente.
Segundo Livia, para o resultado foram usadas, na criação do modelo, centenas de amostras de tecidos cancerosos que, por meio de suas características, “ensinam” a máquina a identificar tecido tumoral.
“A caneta tem um reservatório preenchido com água. Quando a ponta dela toca o tecido, capta moléculas que se dissolvem em água e são transportadas para um espectrômetro de massa, equipamento que caracteriza a amostra como cancerosa ou não”, contou a cientista ao Estadão.