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sábado, 27 abril, 2024

Câncer do pulmão poderia ser evitado com combate ao fumo

90% dos casos de câncer de pulmão poderiam ser evitados com o combate ao fumo no Brasil

Por Paula Bourguignon

Primeiro lugar em mortalidade no mundo, o câncer de pulmão atinge mais de 30 mil brasileiros, por ano, e está diretamente relacionado ao cigarro

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Agosto é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado hoje, dia 29, e é também o mês da campanha “Agosto Branco”, de conscientização sobre o câncer de pulmão.

O período é uma oportunidade para falar sobre os riscos do cigarro para saúde, sobretudo sua relação com o tipo de câncer que ocupa o primeiro lugar em mortalidade no mundo o câncer de pulmão.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pulmão atinge cerca de 30 mil pessoas, por ano, no Brasil.

Destes casos, 90% poderiam ser evitados se os indivíduos não fossem fumantes.

“O fumo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão. Quanto maior a intensidade da exposição ao tabagismo, maior o risco de morte”, afirma a pneumologista da MedSênior, Marli Lopes.

O especialista explica que este é o tipo de câncer que mais causa morte em todo mundo e que seu diagnóstico, na maioria das vezes, é tardio, porque os principais sintomas se manifestam quando a doença já está em estágio avançado, diminuindo a chances de sobrevida do paciente.

“Apenas 16% dos casos de câncer no pulmão são descobertos no estágio inicial, o que aumenta a chances de cura. Na maioria das vezes, os indivíduos acometidos só são diagnosticados quando começam a aparecer os principais sintomas, como tosse persistente, catarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar e perda de peso, que só se manifestam em estágios mais avançados”, diz.

A médica explica que o diagnóstico é realizado por meio de tomografia e raio-X do tórax, seguido de biopsia em casos de lesões suspeitas.

Quanto mais precoces o diagnóstico e tratamento, maiores são as chances de cura.

“Geralmente, o câncer de pulmão se desenvolve sem dar sinais. Por isso, é extremamente importante que fumantes, ex-fumantes ou pessoas expostas ao fumo de forma passiva regularmente façam acompanhamento profissional, possibilitando que um possível tumor seja detectado em fase inicial e que o paciente tenha maior chance de cura”, alerta.

A especialista reforça que, além do câncer de pulmão, o vício em tabaco é causador de muitas outras doenças.

“O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer (pulmão, cabeça e pescoço, estômago, esôfago, colón e reto, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, e outros), e outras doenças graves, como enfisema pulmonar, infarto e derrame cerebral”, afirma.

A médica reforça que combater o tabagismo, então, é uma missão para garantir mais saúde, bem-estar e tempo de vida para muitas pessoas.

“Importante ressaltar que sempre é hora de parar de fumar e o SUS disponibiliza o tratamento para quem precisa”, lembra.

 

 

 

 

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