Confusão aconteceu por volta das 22h de terça (13), no Centro de Vitória. Carnaval na capital recebeu mais de 500 mil foliões nos quatro dias de festa nas ruas
Quase 500 mil pessoas participaram dos dias de festa do Carnaval em Vitória, celebrando a tradição e a alegria típica da época. Contudo, na terça-feira (13), por volta das 22h, a atmosfera festiva foi interrompida por uma confusão que gerou correria e tensão entre os foliões e a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), que utilizou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar a multidão.
O incidente ocorreu em um trecho da Rua Sete, conhecida por abrigar bares e restaurantes que costumam atrair os foliões para estender a diversão após o horário estabelecido pela Prefeitura de Vitória em relação ao funcionamento dos blocos. Segundo as normas estabelecidas, a festa promovida pelos blocos deveria encerrar sempre às 19h.
Entretanto, após o encerramento oficial dos blocos, conforme informado pela PMES, ambulantes e frequentadores foram avisados de que poderiam permanecer na rua até as 22 horas. No entanto, segundo a corporação, esta determinação não foi respeitada, o que culminou na utilização de forças mais contundentes para dispersar os foliões que permaneciam na região.
A correria das pessoas tentando fugir da confusão foi acompanhada pela ação policial. A intervenção da Polícia Militar e da Guarda Municipal foi criticada por alguns presentes e políticos, que consideraram o uso excessivo da força. Veja alguns momentos do confronto.
Em resposta às críticas, a Polícia Militar explicou por meio de nota que a Guarda Municipal de Vitória solicitou a intervenção para dispersar as pessoas que insistiam em promover aglomerações após o horário permitido. Segundo o comunicado oficial, “tendo em vista que não houve colaboração, a PMES e a GMV realizaram a intervenção, sendo que houve resistência com uso de garrafas e pedras. Após a ação, não houve relato de feridos e a dispersão foi finalizada por volta das 22h30”.
A força municipal da capital se manifestou sobre o ocorrido e alegou que “solicitou e orientou a dispersão do público reiteradas vezes, mas em razão da hostil reação de um pequeno grupo que promovia tumultos e desordem no local e que não representa os foliões, foi necessária a realização da dispersão”, pontua a GMV.
Vale ressaltar que a confusão também ocorreu na segunda-feira (12) de carnaval, na região do Centro de Vitória, onde houve uma série de roubos e brigas generalizadas, motivando a ação da Força Tática para conter os distúrbios.
*Atualizado às 18h51
