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quarta-feira, 1 maio, 2024

BNDES defende criação de LCD para a indústria

Letra de crédito voltada para setor seria nos moldes das já consagradas LCIs e LCAs.

Por Gustavo Costa

Uma opção de renda fixa, que captasse recursos para tocar projetos relativos à indústria nacional. Essa foi a ideia que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, informou nesta quarta-feira (7).

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De acordo com Mercadante, essas Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs) seriam oferecidas nos moldes das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs), já tradicionais no mercado de renda fixa, e que tem como diferencial a isenção de Imposto de Renda no caso de investidores pessoas físicas.

O presidente do BNDES afirmou não ver justificativa para existir LCA para a agricultura, e LCI para o imobiliário e não algo equivalente para o setor indústria. “Alguém me explica porque que a gente deve morar e plantar, mas a gente não pode ter uma indústria moderna e eficiente para impulsionar o desenvolvimento?”, perguntou ele.

Em dezembro do ano passado, a proposta de criação das LCDs foi feita pelo governo, por meio de um projeto de lei que foi enviado ao Congresso. O texto defende não apenas a criação da LCD, mas também uma flexibilização das taxas de juros pagas pelo banco ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Para Gabriel Meira, líder de Relacionamento dos Comitês Qualificados de Conteúdo (CQCs) do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES) o acesso ao crédito, por meio dessas letras, deverá ser visto com desconfiança pelo mercado. “Você está tirando ali a liberdade de atuação das entidades privadas e tendo o governo diretamente pondo o dedo na economia. Ele vai emprestar a taxa que ele quiser, quando ele quiser e pra quem ele quiser. Isso nunca é positivo. É muito mais fácil você lutar por uma desburocratização, por um acesso mais fácil por parte das pessoas a outras instituições financeiras do que criar cada vez mais itens para o governo cada vez mais entrar dentro da economia”, analisou.

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