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sábado, 27 abril, 2024

Até R$ 50 milhões para empresas que aplicam o ESG

Será avaliado se o projeto adere ao conceito ESG, com ações sustentáveis, boas práticas sociais e governança corporativa

Por Amanda Amaral

As empresas capixabas agora contam com o Programa Funses ESG de Desenvolvimento para criar infraestrutura econômica e estimular o desenvolvimento sustentável do Estado. Serão disponibilizados de R$ 20 a R$ 50 milhões para projetos que intensifiquem o crescimento da economia estadual, o incentivo à inovação e à sustentabilidade nos setores da indústria, educação, energia e saúde capixabas.

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A iniciativa, que no total dispõe de R$ 250 milhões do Fundo Soberano – que utiliza recursos dos royalties de petróleo e gás, é do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). O edital de chamada pública foi publicado nesta segunda-feira (15) e ficará aberto por 60 dias para que as empresas possam se candidatar aos projetos.

Os recursos serão aplicados por meio de subscrição de Debêntures pelo Fundo através de financiamentos. Os projetos selecionados por meio de edital de chamada pública terão investimento máximo de 80% pelo Funses. O prazo total será de até dez anos, com período de carência limitado a quatro anos.

As debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas, serão pagas com juros de até 100% da taxa Selic, dependendo da localização do projeto da empresa, que será avaliada com base em índices de desenvolvimento sustentável e participação dos municípios. A depender desses índices, os juros podem ter um desconto de até 10%.

“Pensar em projetos sustentáveis e inovadores é cuidar das próximas gerações. Alinhar este propósito a programas e ações que também estimulem o desenvolvimento regional é imprescindível para o Estado. Queremos ter aqui bons ativos. Portanto, empresas atuantes na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) comprometidas com as questões sociais, com a diversidade e com as melhores práticas de governança terão vantagem durante a seleção de projetos no Programa Funses ESG de Desenvolvimento operado pelo Bandes. Objetivo claro, com sustentabilidade, emprego, renda e oportunidade para os capixabas”, disse o governador em exercício e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.

“O equilíbrio dos aspectos ambiental, social e de governança na gestão dos negócios é um fator diferencial competitivo no mercado, além de uma tendência de vanguarda na economia, por trazer impacto no desenvolvimento sustentável. Desse modo, os aspectos econômico, de transparência e ética se articulam, buscando assegurar a competitividade de uma empresa. O papel do Bandes é dar oportunidades para que empresas possam ter condições para o desenvolvimento”, pontuou o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Barbosa Saintive.

Como participar?

Para ser aprovado pelo novo Programa, o projeto do empreendimento deve passar por três etapas principais de avaliação, descritas no edital: a fase habilitatória ou qualificatória; a fase classificatória e a seleção final.

Na primeira etapa do processo de seleção, a análise é se os projetos atendem aos critérios estabelecidos e se têm a documentação necessária, além de verificar se não têm restrições. Isso é importante para garantir que somente os projetos elegíveis sejam classificados e, posteriormente, selecionados para receberem investimentos.

ESG
O diretor-presidente do Bandes, Marcelo Barbosa Saintive, fala do Fundo ESG lançado recentemente. Foto: Divulgação/Bandes

Em seguida, os projetos serão classificados com base em três critérios técnicos e objetivos: “Desenvolvimento Regional”, avaliando a capacidade do projeto de gerar empregos, a localização do empreendimento e a integração com a cadeia produtiva; o “Risco Envolvido”, que considera o prazo de execução do projeto, o nível de inovação e as licenças requeridas, e, por fim, as práticas “ESG”, momento em que se avalia se o projeto conta com planejamento aderente às ações sustentáveis, boas práticas sociais e de governança corporativa. “A fase classificatória é crucial para selecionar os projetos que mais se destacam em termos de potencial de retorno e impacto socioambiental positivo. Por esse motivo, o critério ESG será o de maior peso no momento de aprovação dos projetos, com 40% nesta fase”, complementou Saintive.

Na terceira e última etapa do processo de seleção, os projetos que foram classificados passam por uma avaliação mais detalhada, conduzida pelo Bandes e por uma consultoria especializada. Nessa fase, será analisado o Plano de Negócios do projeto e toda a documentação necessária, além de realizadas avaliações econômicas e de risco, bem como a verificação minuciosa das empresas proponentes.

Com informações do Bandes. 

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