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quinta-feira, 18 abril, 2024

Respeito e igualdade: o que as mulheres do século XXI precisam

“Seja como professora ou simplesmente como mãe, as mulheres sempre acabam se envolvendo mais no papel da educação”

A realidade para as mulheres não está fácil. Em uma sociedade onde cada vez mais falamos, discutimos, protestamos e evidenciamos nossos direitos de respeito e igualdade, parece que os casos de agressões e ataques contra a vida das mulheres só aumentam. Somente no feriado de Carnaval o Espírito Santo registrou 169 crimes ligados à violência contra a mulher, de acordo com dados da Operação de Carnaval da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-ES).

Recentemente, bem próximo a nós, foram duas mulheres agredidas por seus companheiros a ponto de ficarem com os rostos desfigurados, as imagens são de assustar. Mas em que ponto estamos errando como sociedade? Por que está tão difícil reconhecer a importância da mulher que é mãe, filha, esposa, amiga, educadora, professora e formadora de opinião?

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A realidade tem que ser diferente: enxergo, hoje, as mulheres fazendo muito nas tarefas do dia a dia. Como educadora presencio diariamente nas escolas os pais dos alunos deixando determinados assuntos nas mãos das mães porque são elas que levam jeito para aquilo.

Seja como professora ou simplesmente como mãe, as mulheres sempre acabam se envolvendo mais no papel da educação. Além de cumprir com todas as tarefas do dia a dia, cuidar dos filhos e desempenhar suas funções no trabalho, a arte de educar costuma ficar com elas e isso é reconhecido pela maioria dos homens como um dom feminino.

Recentemente, no Dia Internacional da Mulher, o Papa Francisco afirmou que é preciso aumentar o espaço da mulher na sociedade e ressaltou o seu papel como tutora do mundo. Em seu discurso, o pontífice disse que “a mulher é aquela que torna belo o mundo, que o tutela e o mantém em vida. Leva a graça que faz coisas novas, o abraço que inclui, a coragem de se doar. A paz é mulher”.

Mas por que continuamos maltratando, gritando, desrespeitando, agredindo e até mesmo matando nossas mulheres? Em que ponto nossa sociedade está errando? Neste mês em que comemoramos as nossas vidas, deixo a reflexão do respeito e da igualdade que precisamos buscar a cada dia, seja no trabalho, em casa ou nos momentos de lazer. E que a gente consiga evoluir no cuidado com as nossas mulheres, que têm importância reconhecida por todos para o desenvolvimento da sociedade.


Maria da Penha Bergamim é pedagoga, vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES) e mantenedora da Rede de Ensino Alternativo.

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