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quarta-feira, 1 maio, 2024

“Amamentar pode reduzir o risco de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas”

“A amamentação é mais do que nutrição. É também uma fonte rica em afeto, proximidade e segurança para o bebê”, explica a obstetra Theresa Leo

Por Rafael Goulart

As campanhas da Semana Mundial da Amamentação e do Agosto Dourado deste ano tem foco nas mães que trabalham, principalmente fora, realidade cada vez mais comum nas famílias brasileiras.

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Um dos pontos chaves na campanha de conscientização deste ano é esclarecer que não há substituto para o leite materno e nem mesmo as “fórmulas próprias” são capazes de substituir o aleitamento no peito da mãe.

“Amamentar pode ser desafiador, mas lembre-se de que você não está sozinha. Procure ajuda de profissionais de saúde, grupos de apoio à amamentação, família e amigos. E lembre-se, cada gota conta”, explicou Theresa Leo, ginecologista e obstetra da Unimed Vitória.

Com o tema “Possibilitando a amamentação fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”, a campanha deste ano foca nos direitos maternos sobre a amamentação.

A preocupação dos especialistas é sobre a substituição o aleitamento materno – que de acordo com a OMS e o Ministério da Saúde deve ser o único método alimentar para recém-nascidos de até 6 meses – por métodos reprovados por estudos científicos, médicos e profissionais da saúde.

Mas por que o aleitamento materno é tão importante?

“Cientificamente, sabemos que o leite materno é um líquido rico em nutrientes e que protege os bebês contra várias doenças. Um estudo publicado na revista “Nature” mostrou que o leite materno contém mais de 200 tipos de nutrientes complexos, que além da função nutricional também ajudam a formar o sistema imunológico do bebê”, explicou Theresa Leo.

E o que dizer dos benefícios para a mãe?

“Amamentar pode reduzir o risco de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Uma pesquisa publicada no “American Journal of Obstetrics & Gynecology” também sugere que a amamentação pode ajudar na perda de peso após o parto.”, concluiu a médica.

Cartilha

O Ministério da Saúde lançou uma cartilha que reúne os direitos da mulher quando está amamentando, a importância da amamentação e também dicas importantes para garantir o aleitamento materno, mesmo quando não direto no peito da mãe.

Veja a cartilha preparada pelo Ministério da Saúde

Campanha Mundial de Amamentação

A primeira campanha de aleitamento materno em escala global foi instituída pela “Declaração de Innocenti” da Organização Mundial da Saúde com a Unicef, em 1990. Na época, a maior preocupação eram os os graves índices de mortalidade infantil.

O documento promoveu a criação, ano seguinte (1991), da Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, em inglês) e da Semana Mundial do Aleitamento Materno, com participação de 120 países de 14 idiomas.

Já em 1992, a OMS instituiu a campanha do Agosto Dourado – sendo o adjetivo uma referência ao “padrão ouro de qualidade alimentar” do aleitamento materno – para incentivar e conscientizar sobre a importância da amamentação.

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