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sábado, 27 abril, 2024

A política espírito-santense em 2023

Parlamentares se destacaram por quedas de braço, projeção e timidez

Por Robson Maia

O ano de 2023 para a política capixaba foi marcado por episódios polêmicos envolvendo os senadores, um certo marasmo na Câmara Federal e consolidação para figuras importantes nas esferas municipal e estadual. No primeiro ano após as eleições estaduais e federais e às vésperas da corrida eleitoral municipal de 2024, o desenho político espírito-santense manteve o padrão observado nos últimos anos: lados opostos que se recusam, na maior parte do tempo, a dialogar.

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O clima “bélico” e de extrema polarização política instaurado no país, em especial a partir de 2018, se perpetuou ao longo dos últimos 12 meses. No entanto, alguns souberam transitar com êxito entre os opostos, como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e seu vice, Ricardo Ferraço. Hábil articulador político, Casagrande se destacou ao conseguir surfar nas diferentes ondas e, de quebra, investir seu capital político em ações que de fato se traduziram em avanços para a população capixaba. Com uma agenda propositiva e muitos investimentos em todo estado, a dobradinha Casagrande-Ferraço formulou uma receita de sucesso.

“O governador Renato Casagrande vive um processo de continuidade. Ele iniciou um segundo mandato consecutivo com projetos importantes sendo entregues, especialmente no campo da mobilidade. (…) Então, foi um ano bem positivo para o seu governo. Afinal, mesmo com alguns desafios na Assembleia, ele tem conseguido manter uma relação boa com os deputados”, aponta o analista político Darlan Campos.

Já nas demais esferas, analisando inicialmente o âmbito federal, a atuação da bancada capixaba no Senado – hoje composta por Fabiano Contarato (PT-ES), Magno Malta (PL-ES) e Marcos do Val (Podemos-ES) – foi, sob determinados aspectos, destacada – em especial, se comparada ao desempenho dos eleitos para a Câmara Federal.

“Os senadores capixabas tiveram protagonismo, sim, seja pelo lado positivo ou negativo. O Contarato, por exemplo, se afirmou como líder do PT. Uma figura que está se tornando mais proeminente na Casa. (…) O Do Val, por outro lado, se cercou de muitas polêmicas, mas não deixa de ser um destaque”, avaliou o analista político André Pereira.

“Com relação à bancada na Câmara, a atuação foi, vamos dizer assim, mais tímida. Não tem nenhum destaque entre os parlamentares. Então, uma atuação discreta, mas sempre que possível e quando necessário, defendendo os interesses do Estado, as coisas específicas do Espírito Santo”, disse Pereira.

Articulador político habilidoso, Casagrande reuniu seu secretariado já no dia 2 de janeiro e anunciou as prioridades da gestão que lhe conferiu destaque em diversas pautas. Foto: Hélio Filho/Secom
Articulador político habilidoso, Casagrande reuniu seu secretariado já no dia 2 de janeiro e anunciou as prioridades da gestão que lhe conferiu destaque em diversas pautas. Foto: Hélio Filho/Secom

No âmbito estadual, deputados, prefeitos e vereadores protagonizaram ações para o desenvolvimento capixaba e também movimentos no xadrez político do Espírito Santo, sobretudo de olho no próximo pleito eleitoral, em 2024.

“De modo geral, eu entendo como positivo o ano da Ales. É uma Assembleia com nomes já consolidados, como Iriny Lopes e João Coser, que já estiveram na Câmara Federal, e nomes em ascensão, principalmente na ala ‘bolsonarista’. Eu diria que muitos ali se articularam bem para a disputa em 2024”, frisou Pereira.

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