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segunda-feira, 29 abril, 2024

Economia Americana

O presidente Joe Biden pode colocar sua presidência de volta nos trilhos

Por Abel Fiorot Loureiro

Depois de quase um ano de governo do democrata Joe Biden, é hora de avaliar os principais indicadores econômicos dos Estados Unidos da América. O país mais rico e poderoso do mundo e onde as atenções de toda a comunidade financeira e empresarial estão sempre de olho.

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Apesar de sua popularidade ter desabado para menos de 38% de aprovação, o presidente Joe Biden pode colocar sua presidência de volta nos trilhos, especialmente no que se refere à economia. Ele tem tempo. Porém, existem grandes desafios pela frente.
Vamos aos indicadores econômicos. Para fazer esta análise de forma simples e direta, escolhi os seguintes indicadores:

  • “GDP Growth Rate”, ou taxa de crescimento do PIB, publicado trimestralmente;
  • “Unemployment Rate”, ou taxa de desemprego, publicado mensalmente;
  • “Inflation Rate”, ou taxa de inflação, publicado mensalmente;
  • “Interest Rate”, ou taxa de juros, publicado diariamente;

Começando com os números de crescimento do PIB, a economia americana apresentou um crescimento de 2,1%, em dados apresentados em setembro de 2021, referente ao terceiro trimestre do ano, obtendo um número menor que a apuração anterior do segundo trimestre, quando a economia americana cresceu 6,7%. Importante ressaltar que os números de crescimento mais elevados nos primeiros trimestres do ano decorreram da reabertura da economia em busca da recuperação dos níveis de atividade pré-pandemia. Desta forma, percebemos agora um ritmo de recuperação gradual da economia.

Em relação à taxa de desemprego, ela vem em uma curva de queda mês a mês. Desde Abril de 2020, quando índice de desemprego atingiu altíssimos 14,8%, no auge da pandemia e em período de lockdown, o índice de desemprego vem caindo. Em novembro de 2021 apurou-se um índice de 4,2%, abaixo do esperado e um ótimo sinal. Importante ressaltar que a economia americana tinha um índice de desemprego de 3,5% em Fevereiro de 2020. Ou seja, os números estão caminhando para o nível de emprego antes da pandemia, a se continuar nesta tendência. Por outro lado, a criação de vagas, excluído o setor agrícola, foi de apenas 210 mil postos de trabalho no mês de novembro de 2021, abaixo das previsões de vários economistas, que esperavam 550 mil novos postos de trabalhos.

Devido a problemas logísticos e de cadeia de suprimentos, além da alta expansão monetária realizada decorrente da pandemia, a taxa de inflação anualizada subiu para 6,2% em outubro, um uma vez que no mês anterior ela fora apurada em 5,4%, esses números de inflação são altíssimos para os EUA e certamente preocupa.

Todos estão na expectativa da resposta do Fed (o banco central americano), que já reconheceu que pode ter errado em suas previsões anteriores, quando considerou ser somente uma inflação “transitória”. O Fed certamente deverá tomar medidas para conter o avanço da inflação. Leia-se, aumento de juros. Tudo leva a crer que o aumento programado das taxas de juros nos EUA possa acontecer antes do previsto. A conferir.
Durante seu primeiro ano no cargo, o presidente Donald Trump enfatizou repetidamente duas métricas ao elogiar seu sucesso em transformar a economia: empregos e preços das ações. Por essas duas métricas, o presidente Joe Biden também está conseguindo obter resultados significativos.

Engraçado é que a equipe de Biden utiliza-se do mesmo hábito de Trump, sempre alardeando grandes saltos no emprego, ignorando que eles seguiram uma contração massiva no início da pandemia.

O maior desafio de Biden será conter o aumento do custo de vida do país, uma das principais preocupações dos americanos médios e que certamente terá muito impacto nas previsões de emprego e crescimento econômico.
Apesar do ambiente desafiador, as projeções econômicas são positivas para o ano de 2022, com crescimento projetado anualizado do PIB de 3,8%.
Como sempre digo: Vamos em Frente!

Abel Fiorot Loureiro é Consultor Financeiro, Professor e Escritor. Mestre em Economia e Finanças, escreve direto dos EUA, onde mora. Instagram: @abel.fiorot.usa

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