Dia 28 de julho é o Dia do Agricultor. Por causa da pandemia também tiveram queda nas vendas e aderiram ao delivery e vendas pela internet
Por Samantha Dias
Na pandemia, os agricultores também precisaram se reinventar para superar perdas nas vendas decorrentes, por exemplo, da interrupção no fornecimento de alimentos para as merendas, por causa do fechamento das escolas, e da suspensão das feiras de rua. Uma das saídas encontradas para manter as vendas foi o delivery de produtos orgânicos.
Segundo dados da pesquisa ‘Comercialização direta de alimentos orgânicos e agroecológicos na Grande Vitória mediante pandemia do Covid-19’, coordenada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em razão do isolamento, 57% dos produtores passaram a realizar delivery e aumentaram as entregas semanais, passando de uma para quatro vezes na semana.
“As vendas caíram bastante no início da pandemia. As pessoas estavam com muito medo. Hoje as vendas melhoraram, em grande parte em razão da comercialização de produtos pela internet. O cliente encomenda durante a semana e busca na nossa barraca na feira que acontece no sábado, em Vila Velha”, esclarece o agricultor Élio Plaster.
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Agricultura familiar
Além de hoje, 28 de julho, ser o Dia do Agricultor, o dia 24 de julho é marcado pela celebração do Dia Estadual do Agricultor Familiar. No Espírito Santo, são 213.557 agricultores familiares. A atividade corresponde a 75% (80.775) das propriedades rurais no estado e ocupa 33% do território agrícola, segundo dados do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017.
O agricultor Leomar Lírio, que trabalha com a ajuda da esposa Rosana e da filha Júlia, não parou durante a pandemia. “As pessoas pararam de circular, mas não de comer”, pontua. Leomar notou que as vendas melhoraram, mas ainda não voltaram ao patamar de antes da pandemia. Lírio, que é de Domingos Martins e comercializa orgânicos com apoio da Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa do Estado do Espírito Santo, observa que apesar do oferecimento de produtos via delivery, por meio do site da cooperativa, o menor poder aquisitivo das pessoas ainda impacta nas vendas.
Com informações da Ales