38% das indústrias mudariam a operação que realizam em rodovias para outra opção de modal
Por Amanda Amaral
Para 38% das indústrias, a operação que realizam hoje por rodovia poderia ser realizada em outro modal. Para a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), aumentar os investimentos em infraestrutura e diversificar os modais de transportes são iniciativas imprescindíveis para reduzir os custos dos serviços e de produção.
Os números são da pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que ouviu 2,5 mil executivos de pequenas a grandes empresas do país.
- Dia do Enólogo: 594 propriedades envolvidas na produção de uva no ES
- Acesse nossas redes sociais: Instagram e Twitter
A Findes, em sua divulgação, ressaltou ainda que, no Espírito Santo, a Federação trabalha para viabilizar projetos tais como: melhoria e modernização da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e da Ferrovia Vitória-Rio (EF-118); duplicação da BR-262 e da BR-101; aquaviários com investimentos fruto da privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa); além do avanço na construção de novos portos como Porto Central, Porto da Imetame e Petrocity.
Vale lembrar que as principais capitais brasileiras estão em um raio de 1.200 quilômetros do Espírito Santo, ou seja, o Estado está muito próximo de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Ferrovias
Segundo a pesquisa da CNI, 28,5% das empresas escolheriam realizar sua operação por ferrovias se houvesse condições de infraestrutura adequadas para o escoamento de produtos.
Elas só não o fazem porque avaliam que hoje o setor ferroviário apresenta as piores condições entre os tipos de transportes, de acordo com o estudo. Hoje, 31% dos empresários consideram as ferrovias ruins ou péssimas.
Vale ressaltar que, atualmente, apenas 8% das indústrias usam as ferrovias para transportar sua produção. Além disso, a pesquisa da CNI mostrou que 99% das empresas utilizam caminhões como principais meio de transporte. A diversificação dos modais de transportes significa para os executivos perspectiva de redução de custos (64%) e maior agilidade para a entrega do produto (16%).
Redução dos custos
Para 84% dos entrevistados, atualmente, o custo do transporte e da logística na indústria é alto ou muito alto por conta de problemas como: Frete como o principal custo logístico (79%); roubo de cargas (22%); má condição dos modais (20%); e má qualidade da frota (7%).
Dessa forma, se reduzissem o custo de transporte, ganhariam mais competitividade no mercado. Porém, para isso ocorrer, é preciso que o país invista mais em logística, segundo a divulgação da CNI.
Gargalos de transporte
Para a Confederação, o país aporta em infraestrutura de transportes apenas 0,65% do PIB nacional. O patamar ideal para modernizar toda a logística de transportes do país seria o equivalente a 2% do PIB.
Na lista dos principais gargalos de transporte que precisam ser solucionados no país ainda temos: infraestrutura das rodovias (67%), infraestrutura de ferrovias (34%), ampliação/duplicação de rodovias (10%), custo do combustível (9%) e acesso aos portos (9%).
Confira a pesquisa na íntegra clicando neste link.
Principal gargalo para a indústria:
73% – Transporte
13% – Energia
6% – Saneamento
5% – Telecomunicações
Principal gargalo de transporte:
67% – Infraestrutura das rodovias
34% – Infraestrutura de ferrovias
10% – ampliação/duplicação de rodovias
9% – Custo do combustível
9% – Acesso aos portos
Duas principais obras para melhorar o contexto da indústria:
36% – Melhorar a infraestrutura das estradas
31% – Ampliação/duplicação de rodovias
19% – Ampliação da malha ferroviária
Fonte: Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
Com informações da Findes.