Nomeação de Henning foi oficializada no Diário Oficial do município desta quarta-feira
Por Robson Maia
Na manhã desta quarta-feira (16) o Diário Oficial da Prefeitura de Vitória confirmou a nomeação do músico Edu Henning para o cargo de secretário de Cultura no município. O posto vinha sendo comandado interinamente por Tiago Benezoli, subsecretário de Cultura, que assumiu após a exoneração de Luciano Gagno.
No início do mês, Gagno deixou o cargo após acumular várias polêmicas à frente da pasta. Após ser exonerado, o ex-secretário foi nomeado para o cargo de assessor especial na Secretaria de Governo, chefiada por Aridelmo Teixeira.
Com a nomeação, Henning já participou de sua primeira agenda na manhã desta quarta, num encontro com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), no gabinete do chefe do Executivo municipal.
Segundo o gabinete do prefeito, a indicação ao cargo é técnica, sem ligação partidária. Contudo, a decisão foi avalizada pelo Progressistas, sigla que comanda a pasta de Cultura na capital. Eduardo Henning Louzada, além de músico, é jornalista, produtor cultural e possui conhecimentos em âmbito estadual, nacional e internacional.
Polêmicas envolvendo o ex-secretário
No último ano, o ex-secretário, Luciano Gagno, foi acusado pela ativista Deborah Sabará de falas preconceituosas contra a população LGBTQIA + durante uma reunião. Na ocasião, Sabará registrou boletim de ocorrência contra Gagno que chegou a pedir demissão do cargo, mas ficou afastado por apenas um mês.
A Prefeitura de Vitória manteve Gagno no cargo e informou que as investigações da Polícia Civil não encontraram crimes na conduta do secretário. O Ministério Público deu parecer pelo arquivamento do caso.
Outro momento polêmico que envolveu a passagem de Gagno pela pasta foi a representação do vereador André Moreira (Psol) no Tribunal de Contas e também à Comissão contra o ex-secretário.
Moreira apontou supostas irregularidades na contratação de artistas para eventos culturais por parte do secretário. Segundo Moreira, um único empresário estaria concentrando e direcionando as contratações, o que seria ilegal.
O secretário negou a existência de irregularidades nas contratações, como superfaturamento ou direcionamentos.
“Atendemos aos pedidos de contratações das comunidades. Todas as contratações praticam valores iguais ou mais baixos do que as gestões anteriores ou do que outros municípios”, respondeu no encontro.
