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domingo, 28 abril, 2024

Presidente da Petrobras contraria fala de Lula sobre aumento da gasolina

Presidente da petrolífera estatal afirmou que presidente nunca afirmou que não haveria aumento dos combustíveis; No entanto, Lula prometeu durante a campanha e após ser eleito

Por Robson Maia

Diante do novo aumento no preço dos combustíveis, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou que não há interferência do governo federal em relação a reter ou reajustar os preços comercializados. Prates afirmou que o presidente Lula (PT) não teria prometido redução nos preços. No entanto, a fala contraria declarações do petista nos últimos meses.

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O executivo afirmou que mantém contato regularmente com Lula e com ministros. No entanto, segundo Prates, o diálogo aberto com o governo não resulta em decisões de precificação.

“O presidente Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no País”, afirmou Prates durante audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado Federal.

Contudo, Lula não só prometeu a redução do preço dos combustíveis como comemorou, em determinado momento, a queda do valor de comercialização da gasolina e diesel. Em dezembro, antes de tomar posse, o chefe do Executivo nacional afirmou que “que os preços dos combustíveis no Brasil cairiam com a política adotada em seu governo e com a nova diretoria da Petrobras”.

Na ocasião, o petista teceu longas críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e “as medidas eleitorais”, como a isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

“Eu dizia que, para reduzir o preço de gasolina, do petróleo, do óleo e do gás, a gente não precisava mexer com o ICMS, poderia mexer com outras coisas. Bastava que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição do aumento”, afirmou Lula, se posicionando de forma contrária à política de paridade de preços internacionais adotada hoje pela Petrobras.

Em maio, diante da queda dos preços dos combustíveis em todo Brasil, o presidente comemorou o feito e afirmou: “É apenas o começo”. No entanto, os meses seguintes mostraram um outro cenário. A Petrobras anunciou novos reajustes e postos de combustíveis registraram novas altas.

Nesta semana, após mais uma alteração, o preço da gasolina disparou em todo Brasil. Postos em Manaus (AM) já vendem o litro a R$ 6,39. Na Grande Vitória (ES), o preço médio da gasolina chegou a R$ 5,60.

Prates contrariou a fala de Lula e afirmou que a promessa do governo em relação ao preço dos combustíveis durante a campanha era trazer uma política que pudesse controlar a volatilidade no mercado.

O Executivo apontou que a Petrobras não decide os preços no Brasil. Segundo ele, a definição acontece pelo livre mercado, apontando a concorrência da estatal com a iniciativa privada, embora tenha reconhecido a influência da petroleira.

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