Por exemplo, do valor final de uma caipirinha tradicional (com cachaça e limão), 76,66% são relativos a impostos

O Carnaval é um dos feriados mais esperados pelos brasileiros e é muito comum ouvir, inclusive, que o ano só começa efetivamente após a festa aqui no Brasil. Mas quem mais curte os dias de folia são os cofres públicos do governo, que este ano arrecadarão, em média, 41% de tributos sobre os produtos mais consumidos.

O levantamento foi feito pelo advogado tributarista Samir Nemer e aponta que um dos itens mais consumidos no Carnaval, as bebidas, são as campeãs em tributação. A caipirinha tradicional (com cachaça e limão), por exemplo, tem 76,66% de tributos; em segundo lugar vem o chopp, com 62,20%; as latas ou garrafas de cerveja, com 55,60%; e sobra até para as bebidas sem álcool: uma lata de refrigerante carrega 46,47% em impostos e uma garrafinha de água mineral 37,44%.

“A regra geral no Brasil é que, quanto mais essencial for o produto, menos tributado ele será. Por isso que os produtos não essenciais – como cigarros e bebidas alcóolicas – artigos de luxo e itens supérfluos carregam sempre mais impostos”, esclarece Nemer. Por esse motivo, os preservativos apresentam a menor carga tributária entre os itens pesquisados: 18,75%.

Os impostos também pesam no bolso de quem opta por viajar. A pesquisa do advogado apontou que as passagens aéreas possuem 22,32% em tributos, enquanto no preço da hospedagem o valor é de 29,5%.

Fantasias

Quem não abre mão das fantasias na hora de pular Carnaval também enfrenta os altos índices tributários. Uma de tecido, por exemplo, carrega 36,41% em impostos; máscaras de plástico têm 43,93%; apitos 34,48%; colares havaianos contam com 45,96% em tributos; os famosos sprays de espuma têm 45,94% e o confete 43,83%.

Confira a carga tributária dos itens mais consumidos no Carnaval